Poderá ler aqui no blog uma crítica escrita por Ricardo Agostini sobre esta obra.
Para quem se interessar na obra, sugere-se a leitura do artigo A ciência nas obras lunares da revista Mundo Verne nº8.
Sinopse
"Da Terra à Lua" conta a saga do "Gun Club", uma organização americana especializada em armas de fogo, canhões e balística em geral e da ideia de seus membros em construir um enorme canhão para arremessar um objecto à Lua. Um aventureiro francês, Michel Ardan, propõe que o bólido lançado seja tripulado e se apresenta como candidato à "astronauta". Dois americanos juntam-se a ele, Micholl e Barbicane, se são lançados para o astro num "vagão-projéctil" de alumínio, impelido por um gigantesco canhão enterrado no solo, o Columbiad.
É relevante e surpreendente que o autor citasse neste livro detalhes técnicos que somente seriam criados pela humanidade quase 100 anos depois, como: - uso de retrofoguetes para manobrar a nave e a descrição do módulo com 3 astronautas.
Há ainda outras coincidências surpreendentes: - o telescópio nas montanhas rochosas na obra tem 5 metros de diâmetro, o actual telescópio, que foi feito muitos anos mais tarde, tem exactamente o mesmo diâmetro; - o local da partida da nave em Tampa, nos EUA, apenas a 30 km longe de onde realmente sairia a Apollo 11, 100 anos depois; - o nome de alguns astronautas como Michel é semelhante a Michael (de Michael Collins) e Ardan (do Edwin Aldrin), o tempo da chegada à Lua (4 dias), etc...
5 comentários:
Mim chamo Maria Imaculada, tenho 16 anos, sou do município de Princesa Isabel-PB.Comecei a ler os livros de Júlio Verne no ano passado(2010), um pouco antes da 2ªONHB. Os livros de Júlio Verne mim fascinam, pois mim fazem viajar pelo mundo das ideias quando os estou lendo.Seu poder de escrever obras futuristas, mim encantaram pois quando foram escritas pelo mesmo era uma época incapaz de se imaginar que um dia o homem chegaria a tocar o solo lunar, assim como muitas outras de suas obras.
Por tanto, foi esse o motivo pelo qual mim apaixonei pelas outras obras do grande escritor Júlio Verne.
É relevante e surpreendente que o autor citasse neste livro detalhes técnicos que somente seriam criados pela humanidade quase 100 anos depois, como o uso de retrofoguetes para manobrar a nave e a descrição do módulo com 3 astronautas.
Há ainda outras coincidências surpreendentes:
- na obra, o telescópio nas montanhas rochosas tem 5 metros de diâmetro; o atual telescópio, que foi feito muitos anos mais tarde, tem exactamente o mesmo diâmetro;
-No livro, é possível ver o progresso do voo. Isto mostrou-se verdadeiro no Programa Apollo, onde o Controle da Missão que conseguia acompanhar a trajetória dos foguetes até 200.000 milhas da Terra
- o local da partida da nave em Tampa, nos EUA, está apenas a alguns quilómetros de onde realmente sairia a Apollo 11, 100 anos depois;
- o nome de alguns astronautas como Michel é semelhante a Michael (de Michael Collins) e Ardan (do Edwin Aldrin);
- o tempo da chegada à Lua (4 dias);
- Os E.U.A. seriam os primeiros a enviar uma viagem tripulada à Lua;
- Financeiramente, o custo da expedição estaria muito próximo da real, se se considerasse a inflação. Ele estimava que a missão custaria o equivalente a $12.1 bilhões de dólares em valores atuais, valor que estava incrivelmente próximo dos 14.4 bilhões que custou a Apollo 8, o primeiro veículo tripulado a circunavegar a Lua.
- A nave seria predominantemente construída à base de alumínio como no livro;
- A nave seria lançada em Dezembro;
- O ponto de regresso da nave seria a noroeste do Oceano Pacífico, a 2 milhas do local descrito por Verne, sendo recuperada pela Marinha Americana, por barcos voadores (helicópteros?);
- A nave teria 3,60 metros de altura e 14 toneladas de peso, muito próximas à que Verne ditou.
-Verne previu o conceito de ausência de gravidade, apesar de achar que isto só ocorreria em um ponto específico da viagem, quando as gravidades terrestre e lunar se balanceassem.
E acredito que a lista continuará...
Mas, atenção! Diante de tantas coincidências o que sabemos é que Verne não escrevia tudo por especulação. Ele tinha longos diálogos com cientistas da época entre eles Felix Nadar, além de ler a já citada revista Le Tour Du Monde-Nouveau Journal de Voyages, ele fez um grande número de pesquisas, leu todo o tipo de revistas científicas e geográficas da época e acumulou centenas de apontamentos. Até o seu primo, Henry Garcet, matemático, o ajudou nos cálculos em “Da Terra à Lua”. O resultado de tudo isso foi um belíssimo balé da Ficção com a realidade, aventura e princípios científicos. Com o conhecimento da época, Verne conseguiu ser um farol para que vissem algo que muitos julgavam improvável.
Porém, ele muitas vezes foi apelidado de profeta/visionário mas, apesar das similaridades, o próprio Verne rejeitava o título de “profeta da ciência”. Ele mesmo declarou em entrevista a Strand Magazine em 1895 que “tudo não passou de mera coincidência”.
Não entendi o final do comentário acima. O que foi que não passou de mera coincidência?
A questão de muitas coisas que ele escreveu, terem acontecido.
O que mais me chamou a atenção no livro além de tudo que já destacaram aqui, foi as informações astronômicas e sobre o funcionamento de telescópios que são precisas em relação ao que sabemos e muito boas para a época.
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