quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

"Michel Strogoff" em DVD

Finalmente em DVD a obra "Michel Strogoff" baseada numa obra de Júlio Verne com o mesmo nome.

Sinopse: O Comandante Michel Strogoff é incumbido pelo Czar Alexandre II de uma perigosa missão: atravessar 5.000 km de regiões hostis para chegar a Irkoutsk, onde o irmão do Czar está ameaçado pelos rebeldes.

Assim começam as aventuras de Michel Strogoff, a personagem criada por Júlio Verne.

CONTEÚDO: 3 DISCOS, 7 EPISÓDIOS: A Missão do Correio do Czar , A Perigosa Travessia, Strogoff é Perseguido pelos Tártaros, A Rendição dos Tártaros , A Punição, A Fuga, Missão Cumprida

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Exposição “Ciência e Ficção: As Viagens Extraordinárias de Júlio Verne”

A Exposição “Ciência e Ficção: As Viagens Extraordinárias de Júlio Verne”, que assinala o centenário da morte do autor francês, está patente ao público, na Biblioteca Pública Municipal do Porto, desde o dia 16 de Janeiro.



Trata-se de uma mostra bibliográfica que contempla a quase totalidade dos 62 títulos das chamadas “Viagens Extraordinárias”, produzidas ao longo da vida pelo genial escritor.
À volta da Lua”, “Miguel Strogoff”, “Matias Sandorff“ ou “A volta ao mundo em 80 dias”, porventura a obra mais conhecida de Júlio Verne, são alguns dos títulos que podem ser apreciados, nas mais variadas e inúmeras edições publicadas em português, desde o século XIX até aos nossos dias.

A exposição, integrada no biénio (2005-2006) de comemorações do 1º centenário da morte de Júlio Verne, pretende não só homenagear a memória de um autor de vanguarda, mas de igual modo dar a conhecer o vasto fundo bibliográfico "verniano" da Biblioteca do Porto.

A mostra, que conta com factores paralelos de dinamização e animação, pôde ser visitada até ao dia 24 de Fevereiro de 2006.

Aqui vos deixo algumas fotos da exposição:












Fotos com autorização da Biblioteca do Porto.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

O Farol do Fim do Mundo (1901, 1905)


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Sinopse:

Júlio Verne continua a estar nas boas graças dos leitores. (...) "Se Júlio Verne ainda é legível, isso deve-se à força mítica das suas histórias." Não admira, pois, o interesse que suscitou a descoberta de inéditos seus, nos anos 80. Para lá da ponta da Terra do Fogo, "no fim do mundo", onde se cruzam as águas de dois oceanos, o Atlântico e o Pacífico, existe uma ilha onde um farol, com três guardas encarregados de zelar pelo seu funcionamento, impede que os navios se despedacem nos recifes. Mas nessa região desabitada sobrevive um bando de piratas, ladrões de salvados, provocadores de naufrágios, assassinos sem contemplações que assaltam as embarcações nas margens inóspitas daquela ilha. Um dia o bando de Kongre chega a assassinar dois dos guardiões. O terceiro, o velho Vasquez, consegue fugir e recolhe um americano, John Davis, cujo navio foi presa de bandidos. Eles lutarão juntos contra o mal, encarnado por Kongre, esperando o reforço da armada. Trágico relato, este drama ocorreu em 1860, após a construção do primeiro farol da ilha dos estados.

Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo O farol que ilumina o fim do Mundo da revista Mundo Verne nº2.  

A Caça ao Meteoro (1901, 1986)


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Sinopse:

Escrito em 1898 mas publicado em 1908 depois da morte do autor, "A Caça ao Meteoro" descreve, de certa maneira humorística e fantasista, a lamentável rivalidade de dois astrónomos amadores para se tornarem os legítimos possuidores de uma esfera de ouro surgida no espaço. Desta caça, cómica e cósmica, os rivais saem derrotados, perdendo o seu lugar de descobridores do bólide. Observação celeste, sobre o qual Verne ironiza ao relembrar a verdade de Brillat-Savarin: «A descoberta de um novo prato culinário faz mais pela felicidade da humanidade do que a descoberta de uma estrela!»


Poderá ler aqui no blog uma crítica de Carlos Patrício sobre esta obra.

A Invasão do Mar (1902, 1905)


No centenário da morte de Júlio Verne (1828-1905), a Antígona lança um romance que não se encontra certamente entre os mais conhecidos. A Invasão do Mar, editado em 1905, é, no entanto, a última obra que o escritor reviu antes de morrer, no dia 24 de Março do mesmo ano. Na realidade, o manuscrito denominava-se O Mar Sariano, e o título pelo qual Verne premonitoriamente optou evoca a catástrofe, a devastação, a morte, colocando assim a narrativa sob o signo de uma fatalidade anunciada.

Contribua com a sua opinião acerca desta obra!

Poderá ler aqui no blog uma crítica escrita por Jorge Candeias sobre esta obra.

O Segredo de Wilhelm Storitz (1901, 1985) - Versão de Júlio Verne


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Sinopse:

Este livro, o último escrito por Júlio Verne (apenas 19 dias antes da sua morte), é pela primeira vez publicado na sua versão original sem a intervenção do filho, Michel Verne, que lhe alterou significativamente o conteúdo. Trata-se de um romance fantástico, em que se conta a história dramática de Wilhelm Storitz, um ser diabólico e amargo, que jura vingar-se da afronta da família Roderich, ao recusar-lhe a mão da sua belíssima herdeira, Myra. Aprendiz das grandes experiências científicas do seu pai, terá Storitz encontrado o segredo da invisibilidade? Tendo por pano de fundo os cenários enigmáticos da Hungria Meridional, O Segredo de Wilhelm Storitz revela-se uma aventura sobre as fronteiras da própria condição humana.

O Vulcão de Ouro (1899-1900, 1989)


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Sinopse:

É o tempo heróico da febre de ouro. Mineiros e bandidos percorrem as paisagens agrestes da região norte do Canadá à procura da utopia dourada. Dois primos oriundos de Montreal atravessam montanhas, lagos e rios unidos pela mesma vontade de conquista e pela miragem de uma riqueza sem limites. Romance de acção vertiginosa e espectaculares surpresas, "O Vulcão de Ouro" surgiu já depois da morte do autor numa versão do filho, Michel Verne, que adulterava gravemente o original. Na sequência da descoberta do manuscrito pela Sociedade Júlio Verne, temos agora a possibilidade de o conhecer na versão original, com todo o seu fulgor e imaginação prodigiosa.

Um Padre em 1839 (1846-47, 1992)


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Sinopse:

"Um Padre em 1839" é o primeiro romance escrito por Júlio Verne, contava o autor 19 anos. Terá sido esta a razão por esta obra ter grande influência do escritor Victor Hugo. Uma bruxa, um assassino e um padre maldito são, aqui, os peões do mal face à inocência de uma jovem ajudada por um improvisado detective, Jules Deguay, cuja grande missão é descobrir assassinos impunes, vingar a morte de suas vítimas e agitar os hábitos cúmplices de um polícia e da Justiça. Como geralmente acontece com os primeiros romances, também este regista uma importante componente autobiográfica. Este é um dos "livros póstumos" de Verne lançados por seu filho, Michel. Pouco depois da morte do pai, Michel Verne anunciou a existência de vários manuscritos inéditos, alguns já totalmente escritos e em fase de revisão - é sabido que Verne nunca se satisfazia com seus rascunhos antes da quarta ou quinta prova - e outros ainda inacabados (como é o caso). Vários livros publicados nessa época têm, verdadeiramente o "toque" do mestre, como "A Invasão do Mar", "O Farol no Fim do Mundo" . Outros causaram polémica, sendo Michel acusado de escrever ou reescrever sobre um rascunho inicial pouco desenvolvido (ou mesmo de inventar a história toda).

O Segredo de Wilhelm Storitz (1901, 1985) - Versão de Michel Verne


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Sinopse:

Trata-se de um romance fantástico, em que se conta a história dramática de Wilhelm Storitz, um ser diabólico e amargo, que jura vingar-se da afronta da família Roderich, ao recusar-lhe a mão da sua belíssima herdeira, Myra.

Este livro, publicado pela Europa-América teve a intervenção do filho, Michel Verne, que lhe alterou significativamente o conteúdo depois da morte de seu pai. Existe este livro, sem as modificações de Michel, lançado pela Editorial Notícias. Porém, as ilustrações são as mesmas.

"Chamo-me...Júlio Verne" de Jordi Cabré


Sinopse:

Esse livro é uma biografia disfarçada de "auto-biografia" e começa assim, - «Chamo-me...Júlio Verne. Quem não gostaria de dar um passeio na Lua? O viajar de submarino? Ou fazer uma grande viagem à volta do mundo? Todos nós gostaríamos, vocês e eu próprio. contudo, existe uma diferença importante: vocês podem-no fazer. Eu, por minha vez, tive de o imaginar. Chamo-me Júlio Verne, fui escritor e, para muitos, o inventor da ficção cientifica». No final, o livro da didáctica editora, inclui um quadro cronológico com os principais acontecimentos da sua vida por décadas e, paralelamente, os principais acontecimentos da história, da Ciência/Tecnologia e das Artes/Cultura.

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Jules Verne - o Espaço Africano Nas Aventuras da Travessia" de Carlos Jorge


Sinopse:

«Nunca África é vista , em qualquer dos romances vernianos, como lugar a ser deixado tal como fora encontrado. O espaço selvagem nunca é o lugar ameno de reencontro com a natureza... Para o exercício do herói, é mero lugar de jubilação, uma coutada a usar até a última peça de caça estar viva.» Onde nasce o encanto da leitura (ingénua) por narrativas de aventuras que têm como matéria principal a revelação de países e territórios outros? Como é que um percurso de conhecimento e de reconhecimento de terras africanas se torna fascinante para o leitor, e não um mero «roteiro» turístico com personagens que percorrem espaços «exóticos»? Para entender a recepção desta representação do espaço, é preciso interrogar os respectivos processos textuais de Júlio Verne. E a resposta deste ensaio é que no genial autor de "Cinco Semanas em Balão" o percurso de escrita é uma progressão de técnicas e artifícios narrativos, também eles merecedores de uma infindável atenção específica. Este livro, da editora Cosmos, é uma dissertação de Mestrado de Carlos Jorge (Fac. de Letras de Lisboa) sobre Júlio Verne.

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O Castelo dos Cárpatos (1889, 1892)


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Sinopse:
Transportando-nos a uma aldeia perdida nos Cárpatos e atrasada no tempo, Júlio Verne faz-nos viver uma aventura rodeada de mistério e de sortilégios. A aldeia de West, na Transilvânia, oferece os seus habitantes uma vida bucólica e sossegada, em que cada um sabe que, desde que respeite os génios da floresta, estará ao abrigo de qualquer malefício. Ao longe, a sombra protectora do castelo abandonado do barão Rodolf de Gortz, desaparecido há já alguns anos, garante-lhe a solidez do tempo. Tudo decorre, pois, na mesma calma de sempre, como se o tempo ali tivesse parado. Mas um simples objecto do avanço científico – um óculo de aumentar -, apontado a um dos torreões do castelo, vem desencadear toda uma série de acontecimentos que deixem estupefactos e temerosos os habitantes da aldeia. A fortaleza apresenta sinais de estar habitada. Para a imaginação fértil dos aldeões só o poderá ser por identidades não humanas. E, como se não bastasse, a ousadia de quem se atreve a desvendar o mistério é severamente castigada. Mas as surpresas mal haviam começado…

Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo Mistério na Transilvânia da revista Mundo Verne nº3.

O Tio Robinson (1870-71, 1991)

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Sinopse:

O enredo trata de uma família de americanos, o Sr. a Srª. Clifton e os quatro filhos, que regressam aos EUA a bordo do Vankouver. Em pleno Oceano Pacifico, uma parte dos tripulantes se amotina e assume o comando do navio. A vista de uma ilha bem próxima inclina o chefe dos conjurados à clemência para com a mulher e os quatro filhos. São colocados numa chalupa, que é alcançada a nado por Flip, o corajoso marinheiro do Vankouver que escapa dos amotinados. O pai fica preso a bordo e só consegue fugir muito tempo depois à ilha onde estão sua mulher, os filhos e aquele que eles já chamam de Tio Robinson. Aventuras de uma família num ambiente hostil, iram descobrir um mundo novo e além de tudo iram exercitar sua sobrevivência.

O dia de um Jornalista Americano no Ano de 2889 (1888, 1889)

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Sinopse:

O dia de um Jornalista Americano no ano de 2889 (1888, 1889)

25 de Julho de 2899, é relatado nesse dia, a vida do director do jornal "Earth Herald", Francis Bennett. Entre chamadas visofónicas, passeios de aerocarro e reportagens por telefoto ele decide a política da mais tradicional colónia norte-americana - a Inglaterra - o que fazer com a Lua e quais os inventos que deseja financiar. Um dia cheio na vida de um jornalista do século XXIX. Obra póstuma de Júlio Verne, esta fantasia tem a ver com o mundo da imprensa e comporta, como a maior parte das suas obras, uma extraordinária antevisão do futuro da imprensa em 2889. Nessa época que nova forma poderão ter as notícias? Que tipo de relação haverá nessa altura entre os repórteres e os leitores? Duas perguntas curiosas de difícil resposta, a que só Júlio Verne, com a sua imaginação transbordante e o seu impressionante sentido de futurologia, poderia responder. Esta narrativa apareceu pela 1ªvez, em língua inglesa, em Fevereiro de 1889, na revista "The Forum". Foi depois apresentada, com algumas modificações, em língua francesa.

Este livro, apesar de se intitular "O dia de um Jornalista Americano no Ano de 2889", contém para além desta, outras obras de J. Verne mas modificadas por Michel Verne:

O Destino de Jean Morénas (1852, 1988)

Jean Morénas foi acusado de um crime que não cometeu e anos mais tarde o verdadeiro culpado ajuda Jean a fugir da prisão. Após a fuga, Jean regressa à sua cidade afim de ver a mulher que sempre o amou, Marguerite. O amor de Jean por Marguerite é tão grande que, quando teve oportunidade de acusar o verdadeiro culpado, não o fez com medo que alguém fizesse mal a Marguerite. Esta novela inédita data da juventude do autor das Viagens Extraordinárias, mas foi mais tarde revista e consideravelmente modificada pelo seu filho Michel...

Humbug - A Mistificação (1867, 1910)

Um homem americano diz ter em seu poder um pé fóssil gigante. Quando chega a altura de o mostrar, diz que alguns animais destruíram-no o que acaba por o arruinar. Mas faz tudo parte de uma mentira... Trata-se de uma sátira de Verne

O Eterno Adão (-, 1910)

Zartog Sofr, um dos mais brilhantes cientistas do Império dos Quatro Mares, encontra um cilindro metálico antiquíssimo numa escavação. Dentro estão folhas de papel escritas numa linguagem desconhecida, que ele muito intrigado traduz. Descobre assim a aventura perturbadora dos primeiros homens da sua era e o quão pouco sabe sobre a sua ciência. Escrita por M. Verne nos seus últimos anos, esta novela póstuma tem a particularidade de chegar a conclusões bastante pessimistas, contrárias ao orgulhoso optimismo que anima as Viagens Extraordinárias.

Em Frente da Bandeira (1894, 1896)


Sinopse:

Harmonizam-se de forma inexcedível neste romance duas das características dominantes na vastíssima obra do autor: aventuras numa ilha misteriosa e antecipação científica. Boa parte da acção de «Em Frente da Bandeira» acontece, de facto, numa ilha com a forma de uma chávena invertida, onde se acoita um bando de piratas e a sua escuna «Ebba», que se desloca a grande velocidade apesar de não dispor nem de velas nem de hélice... A parte científica está a cargo de Thomas Roch um genial sábio francês inventor de um engenho autopropulsivo com vasto poder de destruição (como a bomba atómica), que determina a própria velocidade e acelera até atingir o alvo. É, porém, notório o desequilíbrio mental do cientista, cuja ambição desmedida o leva a odiar a Pátria por dela o terem banido. Assim, qual será a reacção de Thomas Roch quando lhe surge a oportunidade de utilizar a sua invenção contra os próprios compatriotas?

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Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo Em Frente da Bandeira francesa da revista Mundo Verne nº6.  

Senhor do Mundo (1902-03, 1904)


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Sinopse:

Há uma série de fenómenos inexplicáveis a acontecer na costa este dos Estados Unidos. São causados por objectos com velocidade tão elevada, que são invisíveis ao olho humano. O narrador, na primeira-pessoa, é John Strock, "o inspector principal no departamento federal da polícia" em Washington, D.C.. Strock viaja à Cordilheira Azul da Carolina do Norte para investigar e descobre que todos os fenómenos são causados por Robur, (um inventor brilhante que apareceu previamente em Robur, O Conquistador de JV). Robur tinha aperfeiçoado uma invenção nova, a qual "Terror". É um veículo com dez metros de comprimento, e era alternadamente um automóvel (corria a mais de 250 km/h), um carro anfíbio (era barco e submarino) e, seguida por navios de guerra, conseguia desdobrar suas asas, como fez no alto das quedas do Niágara. Pode viajar a uma velocidade de 150 milhas/hora na terra e a 200 milha/hora a voar. Strock tenta capturar o Terror mas é ele o capturado. O estranho veículo ilude os seus perseguidores e chega às Caraíbas onde Robur acaba por enfrentar uma tempestade. O Terror é atingido por um relâmpago e cai no oceano. Strock é salvo do veículo atingido mas o corpo de Robur nunca é encontrado. O leitor é deixado na dúvida se Robur morreu realmente ou não. "Senhor do Mundo" é um livro fascinante que antecipa algumas invenções. Nesta obra a última aeronave que Júlio Verne pode imaginar é a soma de outras invenções. "Senhor do Mundo", de 1904 é uma continuação de "Robur, o Conquistador" de 1886.

Norte contra Sul (1885-86, 1887)



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Sinopse:

1º Volume:
Aventura e intriga nas quentes plantações da Flórida durante a Guerra da Secessão que opôs o Norte ao Sul dos Estados Unidos. James Burbank, um colono vindo do Norte e proprietário de escravos por força das leis locais, é contra a escravatura e defende a libertação dos negros. Quando ousa conceder a liberdade a todos os seus escravos, atrai a fúria dos sulistas, que, liderados pelo tenebroso Tear, procuram por todas as formas destruí-lo e à família, instaurando um regime de terror. A calma e verdejante paisagem da Florida esconde a rebelião que germina. O norte e o sul vivem uma guerra que durará quatro longos anos. Com uma população de meios americanos, meios espanhóis e índios semiolas, Júlio Verne enceta uma viagem à América no tempo em que os steam boats cruzavam ainda o rio Saint-John.

2º Volume:
No segundo volume desta obra, passada em plena Guerra de Secessão dos Estados Unidos, continuamos a seguir a odisseia da família Burbank. James Burbank, e os seus amigo vêem-se envolvidos numa expedição aventurosa que atravessa grande parte do território, em estado ainda selvagem, perseguindo o bando liderado por Texar. Este criminoso, aproveitando-se do conflito, raptou a família de Burbank e fugiu, deixando atrás de si um rasto de assassinos...


Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo A obra de Secessão da revista Mundo Verne nº8. 

Dois Anos de Férias (1886-87, 1888)


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Sinopse:

No iate «Sloughi» tinham embarcado catorze rapazes com idades compreendidas entre os oito e os catorze anos, todos eles alunos de um colégio da Nova Zelândia. Aconteceu, porém, que o iate quebrou misteriosamente as amarras na altura em que toda a tripulação se encontrava em terra, exceptuando um grumete. Lançado, assim, no mar sem a presença de qualquer adulto, o «Sloughi» será precipitado por uma violenta tempestade para uma ilha deserta nas proximidades da América do Sul. Começam, então, as longas «férias» involuntárias, durante as quais os jovens caçam, pescam, inventam armadilhas, domesticam animais, cultivam a terra, enfrentam rivalidades provocadas pelo antagonismo nascido das diferenças de caracteres e de raças. No decurso do segundo ano desembarcam na ilha outros náufragos: bandidos temíveis condenados a pesadas penas que, deste modo, evitam cumprir. Trava-se então uma luta implacável entre jovens que apenas possuem inteligência e coragem e homens que não conhecem fé nem lei...

É curioso saber que Verne tinha um carinho especial por Aristide Breand, colega do seu filho, e por isso mesmo decidiu colocá-lo, com o nome de Briant, como personagem principal da obra.

Um Bilhete de Lotaria (1885, 1886)


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Sinopse:

A acção decorre na Noruega, em 1862, quando ainda não existia caminhos-de-ferro e as belezas naturais predominavam. É neste cenário paradisíaco que o leitor conhece as atribulações da família de um jovem pescador que, na iminência de naufrágio do seu barco, escreve à noiva a última carta de amor nas costas do bilhete de lotaria N.º 9672.
Lançado à água dentro de uma garrafa, e após várias peripécias, este bilhete - ao qual a crendice popular atribuíra a certeza de receber o prémio - acaba por cair nas mãos de um ganancioso usurário que seria, portanto, o eventual ganhador. Mas o mar desempenhará, desta vez, o papel benfazejo de mensageiro da justiça e da felicidade!

A Jangada (1868-69, 1869)


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Para quem se interessar na obra, sugere-se a leitura do artigo Em viagem pelo Amazonas da revista Mundo Verne nº4.  

Robur, o Conquistador (1885, 1886)


Poderá ler aqui no blog uma crítica escrita por Jorge Candeias sobre esta obra.

Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo Robur, o conquistador dos ares da revista Mundo Verne nº4.  

O Raio Verde (1881, 1882)


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Sinopse:

É um romance de aventuras que é também uma bela história de amor. A bela Helena Campbell está prometida em casamento ao insuportável Aristóbulo Ursiclos. Mulher moderna e à frente da sua época, não aceita essa condição, imposta por interesses familiares. Para ganhar tempo, jura à família que se casará quando conseguir ver o lendário Raio Verde (o último raio do pôr do sol que se encosta no mar trata-se de um raio de cor verde), pois segundo conta a lenda, quem o vir encontrará o seu verdadeiro amor. Helena parte com os tios (acompanhados, claro, pelo pretendente) em aventuras através da Escócia, à procura da melhor localização para observar o fenómeno. Acaba por conhecer acidentalmente Oliver Sinclair, um náufrago que ela ajuda a salvar da morte. O jovem, eventualmente, tem a oportunidade de pagar a dívida e os dois acabam por se apaixonar. Helena tenta, por várias vezes, observar o fenómeno acompanhada por Oliver, mas é sempre atrapalhada por Ursiclos. Finalmente, conseguem encontrar um local à beira-mar, num dia sem nuvens e sem a presença de Ursiclos... Recomendo a sua leitura, pois tem um final surpreendente! É uma obra diferente, mas que, nem por o ser, desmerece do melhor que conhece de Júlio Verne.

Um pormenor deste livro, é que menciona Portugal como um dos destinos que o grupo pondera para se instalar à beira-mar para poder observar a despedida do sol. 

Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo O romântico Raio Verde da revista Mundo Verne nº7.  

Os 500 Milhões da Begum (1878, 1879)


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Sinopse:

A grande fortuna que a Begum deixa gera enorme interesse público porque não são conhecidos os seus herdeiros; quando estes surgem, um francês, Sarrasin, e um alemão, Schultz, o interesse foca-se no que irão os herdeiros da Begum fazer a tão colossal herança. As duas mentalidades - a francesa e a alemã - estarão marcadamente presentes na diferente forma como o dinheiro é empregue: o herdeiro francês abdicará da sua fortuna para a construção de uma cidade modelo para os mais desfavorecidos da sorte. É um hino ao desenvolvimento cartesiano, à felicidade racional e desprovida de fantasia. O herdeiro alemão comprará um terreno nos Estados Unidos da América, para aí estabelecer uma "cidade de aço" desumanizada, para a produção de canhões e munições. Está desenhado o choque entre o espírito pacifista e o espírito bélico. O alemão construirá um canhão gigantesco cujo projéctil está destinado a alcançar um alvo enorme - a cidade modelo do co-herdeiro. A narrativa um pouco maniqueísta mostra-se, em certo sentido, premonitórias das guerras mundiais do século XX.

A Volta ao Mundo em 80 Dias (1872, 1872)


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Poderá ler aqui no blog uma crítica escrita por Tais Laporta.

Sinopse:
Phileas Fogg, um cavalheiro britânico, aposta com os membros do seu clube que fará a volta ao mundo em oitenta dias. E hei-lo que parte acompanhado do seu criado Passepartout, um parisiense esperto e expedito. Para ganhar a aposta, teria de regressar a Londres em 21 de Dezembro de 1872, às vinte horas e quarenta e cinco minutos. Acusado, porém, de ser o audacioso assaltante do Banco de Inglaterra, Phileas Fogg será permanentemente perseguido pelo detective Fix, que, todavia, nunca consegue detê-lo... A Volta ao Mundo em 80 dias, um dos romances mais célebres de Júlio Verne, alia à graciosidade e ao humor, o verdadeiro espírito da aventura, do "suspense" e de um brilhantismo de escrita que raras vezes foi igualado.

Embora muitos dos livros lançados tragam em suas capas a foto de um balão, não há momento algum na história em que os personagens se utilizem dele. Em certa ocasião, Phileas Fogg cogita o uso de um balão, mas a ideia fica só na imaginação. 

É curioso que Verne quando escrevia a série “A Volta ao Mundo em 80 dias” (na altura a obra saía por episódios), ocorreu uma febre tal na população para comprar os folhetins, que as companhias de navegação ofereceram fortunas para que as personagens dos livros fizessem a última etapa num dos seus navios.

É aconselhável, para que a leitura deste livro seja mais interessante e profunda que o leitor, tenha uma visão global do planisfério terrestre, e que possua alguns conceitos básicos de geografia, principalmente na compreensão de coordenadas. Outra sugestão, que também torna a leitura deste livro muito interessante é acompanhar a viagem com um mapa ou um atlas do mundo, quanto mais completo e pormenorizado melhor.

Trajecto: Phileas Fogg e Jean Passepartout foram de comboio de Londres a Dover e atravessaram o Canal da Mancha até Calais de navio. Daí a Paris, de comboio, seguindo até Turim e Brindisi (porto italiano no mar Adriático). Embarcaram no vapor Mongolia, que cruzou o canal de Suez e deixou-os em Bombaim (Índia). Seguiram de comboio para Calcutá, embarcaram no vapor Rangoon para Singapura e Hong Kong; e na escuna Tankadere para Yokohama, no Japão. Dali o embarque foi no poderoso navio General Grant que aportou em São Francisco (EUA). Cruzaram o continente americano pelo caminho de ferro Pacific Railroad até New York, e o Atlântico no barco Henrietta até o porto de Liverpool, na Inglaterra e finalmente de comboio até Londres. Uma aventura extraordinária à volta do mundo.

Miguel Strogoff (1874-75, 1876)



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Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo O correio do czar da revista Mundo Verne nº5.
Sinopse

As províncias siberianas da Rússia são invadidas por hordas tártaras chefiadas por Ivan Ogareff, antigo oficial imperial degradado. O irmão do czar está em perigo em Irkoutsk a cinco mil e quinhentos quilómetros de Moscovo. Como preveni-lo? É preciso enviar um correio de uma inteligência e coragem quase sobre-humanas. O capitão Miguel Strogoff é escolhido e parte levando uma carta do czar, informando-o sobre a presença de um traidor entre os seus. Viaja sob anonimato e durante a travessia das grandes regiões siberianas vai pôr à prova a sua resistência e luta contra o inimigo. De facto, Ogareff entretém com ódio o fogo da rebelião tártara na vasta Sibéria. A sua luta com Strogoff, ao longo de uma aventurosa viagem através do Império, dá lugar a numerosos episódios dramáticos. Capturado, será submetido ao suplício da espada em brasa com que tentam cegá-lo, de acordo com o costume tártaro. Vale-lhe Nadia que o ajudará a chegar ao seu destino. O traidor Ogareff insinuara-se junto do Príncipe fazendo-se passar por Miguel Strogoff. O romance atinge intenso dramatismo quando o verdadeiro Miguel Strogoff vence o inimigo.

Um Capitão de 15 Anos (1877-78, 1878)



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A Ilha Misteriosa (1873-74, 1874-75)


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Sinopse:

1º Volume

Foi terrível a tempestade que arrastou sem rumo o balão onde viajavam quatro homens e uma criança prisioneiros da Guerra de Secessão nos Estados Unidos, que assim se viram atirados para uma estranha ilha de formas bizarras, logo baptizada por Lincoln. Uma ilha desabitada, mas onde bem depressa certos indícios perturbadores levantaram a suspeita de um mistério… Desprovidos de nenhum bem ou ferramenta e ligados a uma civilização fundada na ciência e na moral, aqueles homens duros e corajosos conseguem instalar-se e criar, a partir da sua inteligência e habilidade, condições de vida. Tudo seria simples se um facto na aparência insignificante não viesse por em causa tudo quanto pensavam acerca da «sua» ilha. Primeira parte dum grande romance de aventuras, onde se inscreve de maneira inconfundível o talento do escritor Júlio Verne. Uma obra que é um monumento de imaginação e simultaneamente um hino à coragem, à determinação e à capacidade criativa do homem!

2º Volume

Uma garrafa que dá à costa e, lá dentro, coordenadas muito precisas a indicar, na imensidão do Pacífico, outra terra onde alguém estava a precisar de auxilio… …ou de como a colónia da ilha Lincoln se viu aumentada com um novo elemento… Reaparece um outro personagem de Verne, Ayrton, o prisioneiro fugitivo de Os filhos do Cap. Grant. A história do desconhecido revela-se tão estranha como a sua própria figura. Mas, a acrescentar a tudo o mais, novos indícios se acumulam de que algo de muito estranho se passa naquela ilha – algo ou alguém que todas as buscas e pesquisas dos colonos não conseguem descobrir… Segunda parte de um romance de aventuras em que o "suspense" vai crescendo e se acentua na pena do grande mestre que foi J. Verne!

3º Volume

Um barco avança em direcção à ilha Lincoln com o objectivo de semear nela a destruição e a morte. É outra vez David a enfrentar Golias. …Mas, no momento decisivo, uma intervenção tão inesperada como misteriosa decide o combate a favor dos colonos… A morte ronda Granite House: Harbert está gravemente doente e não há remédios para o tratar… De novo a mesma mão misteriosa traz aos colonos o auxílio necessário no momento decisivo. Por fim, uma descoberta revelar-lhes-á que o famoso submarino «Nautilus», do capitão Nemo que volta à tona neste romance, procurara refúgio naquelas mesmas paragens. O encontro com o ilustre navegador, rodeado de empolgantes peripécias, acabará por permitir aos cinco companheiros de aventuras o regresso feliz à pátria. Última parte duma obra extraordinária, em que, num crescendo de interesse, o leitor é conduzido, através das mais estranhas peripécias, ao desvendar dos mistérios acumulados e assiste ao desfecho inesperado duma história maravilhosa que se conta entre as melhores criações de Júlio Verne. Deste modo encerrou J. Verne o ciclo iniciado com «Os Filhos do Capitão Grant» e «Vinte Mil Léguas Submarinas», no qual conduz os leitores de maravilha em maravilha através do mundo prodigioso da natureza em estado puro.