quarta-feira, 21 de setembro de 2011

'Théâtre du Soleil' no Brasil com peça baseada em obra de J. Verne [Atualização]

SESC traz à cidade de São Paulo no Brasil, Os náufragos da louca esperança - a nova criação da companhia Théâtre du Soleil, de Ariane Mnouchkine, de 5 a 23 de outubro, no SESC Belenzinho.


O SESC São Paulo (Brasil) está prestes a receber a mais nova montagem do lendário grupo francês Théâtre du Soleil, comandado por Ariane Mnouchkine - uma das mais importantes diretoras de teatro em atividade no mundo. Os náufragos da louca esperança, inspirado no romance póstumo Les naufragés du Jonathan (Os náufragos do Jonathan), de J. Verne, estreia no dia 5 de outubro, quarta-feira, às 19h, no SESC Belenzinho e encerra a temporada de 15 apresentações, no dia 23, domingo.

A trupe retorna ao mesmo lugar em que se apresentou em 2007, quando esteve pela primeira vez no Brasil com Les ephémères - Os efêmeros - ainda nas instalações provisórias do SESC Belenzinho. Agora, com a unidade inaugurada, a companhia se apresenta na praça de eventos, em uma estrutura construída especialmente para recebê-la, com cerca de 1500m² destinados ao palco e a plateia, com 585 lugares.

A vinda do Théâtre du Soleil reafirma a ação cultural do SESC São Paulo, conforme afirma seu Diretor Regional, Danilo Santos de Miranda: “Possibilitar o contato do público brasileiro com o trabalho de Ariane Mnouchkine, um teatro de forte engajamento social, é principalmente contribuir, por meio da arte, para a formação de cidadãos mais críticos, conscientes e atuantes”.

Para saber o que mais o espera nesta viagem, aguarde dia 20 de setembro, quando estreia o hotsite desta temporada de Os náufragos da louca esperança.

Mais informações: Sescsp.org.br

Atualização: Os ingressos para as apresentações em São Paulo esgotaram em 2 horas! Agora, o Théatre du Soleil anuncia que fará 10 sessões no Rio de Janeiro, entre 8 e 19 de novembro, na Arena HSBC, na Barra. Os ingressos serão postos a venda em outubro, em data e local ainda a serem anunciados.
Informação enviada por Carlos Patrício.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A musicalidade em '20.000 Léguas Submarinas'

Na superfície do oceano uma violenta tempestade agita as águas. A câmera, então, submerge para mostrar o imponente submarino em forma de peixe, Náutilus, navegando silenciosamente pelas calmas profundezas.

Em contraste com o espetáculo de som e fúria que se desenrola na superfície, aqui o silêncio é quebrado apenas pela “Tocata e Fuga em D Menor” de Bach, tocada pelo Capitão Nemo (James Mason) ao órgão. A lembrança desta cena me acompanha desde a infância, e para mim continua sendo um dos mais fortes exemplos da capacidade que o cinema tem de combinar imagem e música para maravilhar o espectador. Estou falando aqui, obviamente, de 20.000 Léguas Submarinas (1954), primeiro longa-metragem da Disney live-action que, até hoje, é a melhor adaptação da obra do escritor francês Júlio Verne para as telas.

Com uma produção esmerada, o filme foi a estreia na direção de Richard Fleischer, trazendo no elenco, além de Mason como Nemo, Kirk Douglas como o arpoador arruaceiro Ned Land, Paul Lukas como o oceanólogo francês Pierre Aronnax e Peter Lorre como seu assistente Conseil. Apesar da cena descrita na introdução destacar uma composição de música clássica, um dos pontos altos da produção é a trilha sonora incidental de Paul J. Smith, principal compositor da Era Dourada da Disney e que musicou centenas de curta animados, além de desenhos em longa-metragem como Branca de Neve e Os Sete Anões e Pinóquio.

Trabalhar para a Disney pode ter sido a melhor coisa para Smith, mas também pode ter sido a pior. Com suas partituras tendo que competir com as célebres canções das produções do estúdio, pouca coisa de seu trabalho foi lançada em disco, e seu nome não é muito conhecido nem pelos fãs de trilhas sonoras. Mesmo o magnífico score de 20.000 Léguas Submarinas, seu melhor trabalho, nunca recebera um lançamento oficial. Essa grave omissão finalmente foi retificada há dois anos, quando esta maravilhosa obra sinfônica foi lançada em um álbum digital exclusivo do iTunes, e agora em CD pelo selo especializado Intrada em parceria com a Disney.

Para o filme de Fleischer, a abordagem musical de Smith não poderia ser cinematograficamente mais tradicional – no melhor sentido da palavra: seu score é grandioso, romântico, aventureiro, trazendo vários leitmotifs. Os principais agentes da trama, humanos ou não, receberam temas próprios e expressivos, como a bela e elaborada melodia dedicada a Nemo; o motivo alegre, baseado na canção “A Whale of A Tale”, cantada por Kirk Douglas, que representa seu personagem Ned Land; e o acompanhamento de metais graves e ameaçadores, nos moldes do tema de King Kong de Max Steiner, para os ataques do imponente Náutilus.

O Capitão Nemo é o personagem mais fascinante e complexo do filme, e Smith criou um tema que traduz toda a sua melancolia, tristeza, rancor e mesmo a esperança em um futuro melhor para a humanidade. Este tema é ouvido com força épica em “Main Title”, que abre o filme, e pungentemente fechará a trilha sonora em “Finale / Deep Is the Mighty Ocean”. Além dessas faixas, outras passagens musicais se beneficiam com variações dessa excelente melodia. Por exempo, as visões submarinas do Náutilus são acompanhadas por acordes lentos e sombrios do tema. O próprio motivo que acompanha os ataques do submarino aos navios de guerra (“The Monster Attacks”) é uma espécie de espelho do tema de Nemo, onde os metais ameaçadores não deixam dúvidas de que o submarino, confundido com um monstro marinho desconhecido, é o instrumento de vingança do Capitão.

A canção “A Whale of A Tale”, composta por Al Hoffman e Norman Gimbel para a interpretação do astro Kirk Douglas, foi instrumentamente integrada por Smith ao score, tornando-se o tema do arpoador Ned Land. Lançada em compacto 45rpm pelo selo Decca em 1954, a canção foi um sucesso e por décadas foi o único material da trilha sonora do filme disponível em disco. Mas além desses temas, a partitura está repleta de grandes momentos cuidadosamente orquestrados e regidos por Smith, que emprega uma combinação de harpas e cordas graves para ambientar as sequências submarinas. Acostumado a compor para desenhos animados, Smith não deixa de empregar o recurso do “mickeymousing” nas cenas humorísticas entre Ned e Conseil, e sua música para os nativos da Nova Guiné que perseguem Ned e abordam o Náutilus segue o clichê da “música de índios” que à época era muito comum no cinema. Se esses momentos podem soar ingênuos aos ouvidos contemporâneos, eles são plenamente compensados por momentos belíssimos e evocativos como os que escutamos em “Deserted Sub/Burial”, “Nemo Wounded” e “Finale”. Sem falar na feroz música de batalha que pontua o confronto entre a tripulação de Nemo e a lula gigante (“The Giant Squid”), naquela que talvez seja a cena mais lembrada da produção.

A chegada deste CD de 20.000 Léguas Submarinas demorou, mas a espera valeu a pena. O som estéreo foi remasterizado a partir de gravações em três pistas que ficaram armazenadas nos cofres da Disney por mais de 50 anos. Apesar de por vezes mostrar sinais da idade, a qualidade do áudio no geral é ótima, o que demonstra o capricho que a equipe supervisionada pelo produtor Randy Thorton dedicou ao projeto. Além do score de Smith, o CD inclui como bônus quatro versões de “A Whale of a Tale” além de “And The Moon Grew Brighter and Brighter”, que foi o lado B do single lançado com a canção cantada por Douglas. Acompanha o disco um bonito encarte colorido de sete páginas com notas do compositor John Debney e de Randy Thornton, ilustradas com fotos e ilustrações.

A Intrada, que há tempos vem agregando ao seu catálogo trilhas sonoras raras de várias épocas, merece os parabéns por ter, finalmente, disponibilizado em CD (edição regular, não limitada) este clássico score de aventura e ficção cientifica, dando ao trabalho de Paul J. Smith todo o valor e o reconhecimento há muito merecido e, assim fazendo, levando-o a toda uma nova geração de aficcionados da música do Cinema.

Música composta e regida por: Paul J. Smith
Faixas:
1. Main Title (Captain Nemo’s Theme) *
2. Street Fight
3. Aboard the Abraham Lincoln/Hunting the Monster
4. A Whale of a Tale
5. The Monster Attacks *
6. Deserted Sub/Burial/Captured *
7. Fifty Fathoms/The Island of Crespo *
8. Storm at Sea/Nemo Plays
9. Strange Man of the Seas
10. Nemo’s Torment
11. Justified Hate
12. Searching Nemo’s Cabin
13. Ned’s Bottles
14. Ashore at New Guinea
15. Native Drums/Back to the Nautilus *
16. Submerge
17. The Giant Squid *
18. Ambush at Vulcania
19. Nemo Wounded *
20. Escape from Vulcania *
21. Finale / Deep Is the Mighty Ocean *

BONUS TRACKS
22. A Whale of a Tale (Single) – Kirk Douglas
23. And the Moon Grew Brighter and Brighter (Single B Side) – Kirk Douglas
24. A Whale of a Tale – Bill Kanady
25. A Whale of a Tale – TheWellingtons
26. A Whale of a Tale (Reprise) – Kirk Douglas
* Clipes de Som
Duração: 78:23
Selo: Disney/Intrada
Catálogo: D001415702

Artigo escrito por Jorge Saldanha do SCI FI do Brasil e cedido gentilmente ao Blog JVerne.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Festa global inspirada em Phileas Fogg

O The Global Party é um evento direccionado a mais de 80.000 convidados de elite de todo o mundo e será realizado em 80 locais de eleição hoje e/ou amanhã. Trata-se de uma iniciativa que visa arrecadar fundos para beneficiar cerca de 80 instituições de caridade.


A temática será inspirada nas aventuras de Willy Fog, “A volta ao Mundo em 80 dias”, personagem criada por Júlio Verne, num evento à escala mundial. A esta festa de elite associam-se diversos estabelecimentos emblemáticos, sendo que em Portugal a representação será da responsabilidade do Hotel The Vine (Madeira) e no Silk Club (Lisboa). Este projecto visa marcar a sua presença no livro de recordes do Guinness, como a maior festa de sempre, para além da promoção de angariação de fundos para importantes instituições de caridade.

Se se encontrar no estrangeiro, veja aqui se a The Global Party estará na sua cidade.

Veja o vídeo de apresentação:


Encontramo-nos lá?:)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Box de '50 por 1' - A volta ao Mundo em 80 dias

A ideia só existia na ficção. A Volta ao Mundo em 80 Dias foi um dos romances de maior sucesso de Julio Verne e a trama começa quando, depois de uma aposta, Phileas Fogg parte com seu ajudante Passepartout em uma jornada para dar a volta ao globo em curtíssimo espaço de tempo.

Pois bem, em companhia com o jornalista José Antônio Ramalho, Álvaro Garnero fez a mesma aposta em um pub londrino e, em sua 4º temporada do 50 por 1, corre o globo para cumprir o que apostou: fazer a volta ao mundo em 80 dias, tal qual escrita no romance de Verne, sem avião. Aqui, em esta box de 5 DVD's (à venda apenas no Brasil) você acompanha tudo o que aconteceu nessa jornada: a pressa, o susto, as surpresas, as risadas e, principalmente, uma aventura única e inédita.

O lançamento irá ocorrer dia 26 do próximo mês e custará R$99.90.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Exposição "Science / Fiction: Voyage au coeur du vivant"

Não perca a partir do dia 8 de Setembro, e até dia 7 de Outubro, a exposição "Science / Fiction: Voyage au coeur du vivant" no Institut français du Portugal em Lisboa.

Trata-se de uma viagem entre o real e o imaginário com 29 fotografias científicas valorizadas em gravuras antigas que ilustram os romances de J. Verne. Estas fotografias abrangem todas as temáticas de investigação do INSERM, tais como neurociências, oncologia e imunologia entre outras...

As legendas são de Bernard Werber, escritor de ficção-científica, que irá dar uma palestra no dia da abertura da exposição pelas 19h.

Entrada livre.