Contribua com a sua opinião acerca desta obra!
Sinopse:
É um romance de aventuras que é também uma bela história de amor. A bela Helena Campbell está prometida em casamento ao insuportável Aristóbulo Ursiclos. Mulher moderna e à frente da sua época, não aceita essa condição, imposta por interesses familiares. Para ganhar tempo, jura à família que se casará quando conseguir ver o lendário Raio Verde (o último raio do pôr do sol que se encosta no mar trata-se de um raio de cor verde), pois segundo conta a lenda, quem o vir encontrará o seu verdadeiro amor. Helena parte com os tios (acompanhados, claro, pelo pretendente) em aventuras através da Escócia, à procura da melhor localização para observar o fenómeno. Acaba por conhecer acidentalmente Oliver Sinclair, um náufrago que ela ajuda a salvar da morte. O jovem, eventualmente, tem a oportunidade de pagar a dívida e os dois acabam por se apaixonar. Helena tenta, por várias vezes, observar o fenómeno acompanhada por Oliver, mas é sempre atrapalhada por Ursiclos. Finalmente, conseguem encontrar um local à beira-mar, num dia sem nuvens e sem a presença de Ursiclos... Recomendo a sua leitura, pois tem um final surpreendente! É uma obra diferente, mas que, nem por o ser, desmerece do melhor que conhece de Júlio Verne.
Um pormenor deste livro, é que menciona Portugal como um dos destinos que o grupo pondera para se instalar à beira-mar para poder observar a despedida do sol.
Para quem quiser conhecer um pouco mais a obra, aconselha-se a leitura do artigo O romântico Raio Verde da revista Mundo Verne nº7.
6 comentários:
Tenho certeza que vou conseguir achar esse livro.
O site é maravilhoso, meus parabéns aos responsáveis por tal feito.
Agradeço desde já as informações.
Thayssa Barreto.
Foi o primeiro livro que li de Júlio Verme, famoso por suas obras de ficção. Então isso acaba tornando o livro um de seu menos conhecido (por se tratar de um romance), acho que foi por isso que resolvi ler esse livro.
E não posso esquecer-me de dizer da ilustração, muita bem feita por sinal, que nos faz imaginar a história antigamente, e não hoje. Tornando a personagem principal (Helena) cheia de personalidade e ao mesmo tempo carisma, coisa que não andavam Juno naquela época.
A história particularmente não me agradou muito (não que seja a pior que já li), no entanto gostei muito do final, é um daqueles antigos (óbvio), que tem romance e suspense na medida certa -- não igual hoje em dia que tem muito suspense e o final sempre termina super bem. – Sem rodeios ele conta cada cena no seu devido tempo tornando a narrativa leve, mas não só por isso chata.
Espero que esse não seja o único livro que eu vou ler desse autor que pelos filmes baseados em seus livro é ótimo.
Após ler A Volta ao Mundo em 80 Dias e Vinte Mil Léguas Submarinas, Julio Verne se tornou para mim um escritor fenomenal, pois a aventura e a aventura marítima são reinante em seus livros, e estes são meus gêneros literários favoritos. Quando me deparei com O Raio Verde, com uma capa extremamente sugestiva, indicando que quem o lesse iria embarcar em muitas aventuras pelos sete mares, fui logo começando a ler.
No princípio, o livro não foi bem o que eu esperava. A narrativa se mostrava um pouco cansativa e monótona, fazendo-me pensar em mil outras coisas fora da história do livro. Mas quando a história foi se firmando, e as coisas foram acontecendo, a leitura se tornou ágil e rápida, e me deleitei com as idas e vindas de Helena, tio Sib e tio Sam pelos mares da Irlanda. Porém não fui muito com a cara de Helena, a personagem principal, uma jovem mimada e que não aceita um não dos tios. Fiquei o tempo todo esperando alguém lhe dar uma lição para não ser tão metida. E ri muito com as infrutíferas tentativas dos personagens de verem o raio verde, que é o último raio que o sol lança sobre o mar quando está se pondo.
Mas em comparação com os outros livros do autor, O Raio Verde não é nem um pouco uma obra prima. Talvez seja um pequeno filhote da imaginação de Julio Verne, mas nada mais do que isso. Se o livro virasse filme, com certeza iria passar centenas de vezes na sessão da tarde, e talvez se tornasse um clássico entre os jovens. Mas apenas isso. O livro não ultrapassa o limiar da excelência no qual a maioria dos livros de Julio Verne passaram. Não é um livro ruim, mas apenas um livro para passar o tempo e nada mais.
Mateus, você tem certa razão: este título realmente não se iguala a outros mais conhecidos e famosos do autor em aspectos como ação, aventuras, assombros científicos, intrigas e suspense - apesar da cena da caverna inundada fazer parte dos momentos mais dramáticos imaginados por Verne.
Mas "O Raio Verde" tem pelo menos um mérito único, todo dele, e que o torna especial e diferenciado dentro da vasta obra do autor: ele é, disparado, o livro mais romântico do velho Mestre.
Nesse fim de semana terminei de ler O Raio Verde, escrito por Júlio Verne em 1882. Na verdade, li todo o livro no fim de semana. Ele é bem curtinho.
Embora tenha detectado passagens absurdamente machistas no livro e de Helena ser uma personagem irritante de tão mimada, eu o indicaria por vários motivos.
1 – Não sei se Júlio Verne conheceu realmente todos os lugares que aparecem no livro, mas ele descreve tão bem que realmente parece que já esteve lá. Não sei se vocês fazem isso também, mas eu automaticamente procurei no google todas as ilhas pelas quais os personagens passam. Oban, Iona e – a mais linda de todas – Staffa. Deem uma olhada aí na gruta de Fingal. É impressionante!
2 – Como disse, ele é curto, dá pra levar numa viagem, por exemplo. Essa versão pocket tem 225 páginas, mas a fonte é bem grande.
3 – O final me surpreendeu bastante. Não estava pensando que o livro fosse acabar como acabou, mas não vou contar pra não estragar. O livro é considerado uma ficção científica, mas tem um lado, digamos, fofo (?).
4 – E ele tem ilustrações. Sim, adoro livros com ilustrações! Essas foram feitas por Neville Benett.
Só depois que comprei que vi escrito ali no cantinho da capa que esta versão da Melhoramentos é condensada. Não sei quais podem ser as diferenças entre as versões. Alguém aí já leu, alguém sabe?
As edições ditas "condensadas" são, em geral, traduções que cortam ou diminuem algumas passagens do estilo detalhista, minucioso e quase enciclopédico, tão típico do autor francês.
Detalhes técnicos, longas descrições, enumeração de espécies, listas analíticas (relativas a minerais, vegetais e animais) e fantásticas comparações científicas - justamente o que uma grande maioria dos fãs de Verne acha delicioso na escrita do autor - são o alvo principal dos "condensadores".
Apesar de não prejudicar o entendimento da história que está sendo contada, muitas vezes esse tipo de adaptação faz com que se perca o ritmo literário que Verne queria imprimir à sua obra.
Mas o pior é que muitos dos conhecimentos, da didática, dos ensinamentos - enfim, da doutrina verniana, tão cara ao velho Mestre, se perdem da mesma forma.
P.S. - Longe de ser uma ficção-científica, leia "O Raio Verde" como o livro mais romântico de Verne, por isso mesmo único e inesquecível.
Enviar um comentário