sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

20 000 Léguas Submarinas (1866-69, 1869-70)


Contribua com a sua opinião acerca desta obra!!
Poderá ler aqui no blog uma crítica escrita por Cátia Santos sobre esta obra.

Para quem se interessar na obra, sugere-se a leitura do artigo Viagem debaixo das águas da revista Mundo Verne nº5 onde se descobre, entre outras coisas, que o editor Hetzel não gostou da primeira versão desta obra.

Outro estudo literário interessante, é a análise da viagem do Nautilus por terras da lusofonia por Ricardo Esteves.
Sinopse:

O mistério que sempre envolveu o mar e o desafio que as profundezas marítimas exerceram em todas as épocas sobre os homens, desejosos de as conquistar, são temas eternos que alimentam a imaginação mítica de todas as gerações. Em "Vinte Mil Léguas Submarinas", é assinalado um "monstro marinho" das profundezas do Oceano; marinheiros, pescadores, cientistas, o mundo em geral, é alertado para o perigo de um misterioso habitante do mar. Organiza-se uma expedição a bordo de uma fragata americana para indagar da natureza do "monstro". A expectativa, o medo, o mistério envolvem essa expedição. Nela vão três viajantes, o naturalista Aronnax, o seu empregado Conseil, e o arpador Ned Land que acabam prisioneiros desse "monstro". O "monstro" esse ser apavorante, é o "Nautilus", primeiro submarino concebido e comandado pelo homem. O comandante é um enigmático capitão Nemo. Graças ao anfitreão, descobrem o mundo das profundezas abissais , cuja fauna e flora são descritas por Verne. Eles vêem a misteriosa Atlântida e tesouros submersosm enfrentam polvos gigantes e passam pelo istmo de Suez que na altura ainda não estava feito. O autor dota os seus personagens de equipamento até então desconhecidos como o escafandro e os fuzis submarinos.

É aconselhável, para que a leitura deste livro seja mais interessante e profunda que o leitor, tenha uma visão global do planisfério terrestre, e que possua alguns conceitos básicos de geografia, principalmente na compreensão de coordenadas.

Outra sugestão, que também, torna a leitura deste livro muito interessante é acompanhar a viagem com um mapa ou um atlas do mundo, quanto mais completo e pormenorizado melhor.

6 comentários:

Anónimo disse...

Eu achei muito bom esse site e o livro porque ele interage com as pessoas que lem o livro por isso idico a todas as crianças pare ler "Vinte mil Léguas submarinas"
e recomendo a todas as escolas faculdades e tudo.Obrigada
XD e boa tarde.Espero que tenha mais escritores bons assim!

Euliesselivro disse...

Sempre tive interesse em ler esse livro e descobrir por mim mesma porquê Júlio Verne é uma das referências na FC Clássica e basta chegar ao capítulo 11 - O Náutilo - para entender a fama do autor.

No final do século XIX Júlio Verne descreve com detalhes um submarino que só seria 'inventado' décadas a frente.

É incrível ler sobre a estrutura do Náutilos, os cálculos realizados pelo capitão Nemo, o sistema de funcionamento, enfim tudo sobre o submarino sabendo que o autor escreve sobre algo que ainda não existia.

Júlio Verne abusa da linguagem científica - é só analisar a história da Ciência na época para entender o porquê - que, embora seja totalmente compreensível para um olhar mais leigo, pode ser relativamente entediante para aqueles que não tenham tanto interesse pela ciência.

Um certo conhecimento em Geografia também é útil visto que as 20.000 léguas do título são percorridas sob 'os 7 mares' - hehehe não resisti - e muitas das orientações são dadas justamente em função dos mares e continentes.

A única 'falha' que aponto na história é um certo descaso com o fiel escudeiro - muito 'sem personalidade própria' pro meu gosto - do professor e o baleeiro. Por ser uma história narrada em primeira pessoa os dois só são citados quando se encontram com o professor e não tem como saber o que se passa com os dois enquanto o professor está mergulhado em seus estudos ou 'pra cima e pra baixo' com o Capitão - rotina presente o suficiente para levantar a consideração do que está acontecendo com os outros dois.

Eu adorei a história, me prendeu do início ao fim!!! Mas definitivamente não é qualquer pessoa que saberá apreciá-la devido ao abuso de 'linguagem técnica'.

E para aqueles que assitiram filmes inspirados no livro deixo um aviso ... a única inspiração para os filmes - ao menos os que eu assisti - foi o Capitão e seu submarino ... nada além disso!!!

Camila Alves disse...

Trabalho numa biblioteca e esse livro é o melhor que eu ja li nesse genero!

Gabriela Guedes disse...

Gente, a edição que eu li foi a da Martin Claret e, como vocês sabem, não é incomum encontrar alguns errinhos nos livros dessa editora. Mas teve um que me incomodou: uma confusão de datas logo no começo do livro. Ele fala que no ano 1866 começaram a ocorrer acidentes estranhos com navios e ninguém sabia a causa por trás deles. Depois diz que os acidentes pararam por um tempo, mas que voltaram a acontecer no ano 1897. Aí eu pensei: "Puxa, mais de trinta anos se passaram!". Só que umas dez páginas depois, fica claro que o ano é, na verdade, 1867. Parece ser uma besteira, ainda mais que depois fica tudo esclarecido, só que o leitor passa umas 10 páginas pensando que foram 30 anos e imaginando o Nautilus lá debaixo das águas por todo esse tempo.

Quanto à história, ela é muito boa. Júlio Verne descreve muito bem as aventuras do prof. Aronnax, seu criado Conselho e o canadense Ned Land a bordo do submarino Nautilus, sob o comando do capitão Nemo. Eles passam por lugares incríveis e o autor faz tudo parecer possível.

Também ficamos intrigados com jeito do capitão Nemo, sem entender a razão de ele ter decidido se isolar da humanidade daquela forma. Mas um personagem que me fez rir foi o Conselho. Onde a gente arruma um criado tão dedicado? O homem fazia qualquer coisa que o prof. Aronnax pedisse!

O livro só não leva as cinco estrelas porque contém cálculo demais. Mesmo eu, que sou da área de exatas, me cansei de tanto ele calcular a superfície das coisas, a pressão que o Nautilus devia suportar e tudo mais. Se isso acontecesse só uma vez, teria sido bom, mas ficar calculando a cada profundidade, achei desnecessário.

Eu só queria deixar uma dica: quem leu Vinte Mil Léguas Submarinas deveria ler A Ilha Misteriosa também, pois vai ter boas surpresas. O livro não é tão bom quanto este, mas vale a pena.

roberto disse...

É SEM DÚVIDA, O MELHOR LIVRO DO GRANDE ESCRITOR FRANCÊS. PARA OS QUE ACHAM O LIVRO MUITO EXPLICATIVO EM CERTAS DESCRIÇÕES DO FUNDO DO MAR OU DOS ANIMAIS QUE LA VIVEM, DEVE-SE ANALISAR O FATO DE QUE O LIVRO, ALEM DE ENTRETER, TINHA COMO OBJETIVO SER DIDATICO E FAZER O LEITOR REALMENTE SENTIR-SE VIAJAMDO E CONHECENDO OS SEGREDOS DO FUNDO DO MAR. O INTERESSANTE NO LIVRO É QUE O NAUTILUS, MAIS DO QUE O SUBMARINO QUE LEVA OS PERSONAGENS PELAS PROFUNDEZAS DO MAR, É TAMBEM UM PERSONAGEM QUE DESAFIA A NATUREZA E LUTA CONTRA A FURIA DO OCEANO..
ESCREVI O ROTEIRO DESTA OBRA EM VERSOS. QUE,MMTIVER INTERESSE EM LER ESTÁ NO BLOG JVERNE COMO E-BOOKS E PODERÁ INCLUSIVE BAIXÁ-LO.

Victor Bruno disse...

“Vinte Mil Léguas Submarinas” possui uma linguagem um pouco mais rebuscada, repleta de termos científicos e descrições de animais e lugares submarinos, o que em determinados momentos pode deixar a leitura um pouco maçante, mas nada que comprometa a narrativa e a dissertação sobre alguns temas abordados pelo autor, como vingança, remorso, lealdade, amizade e como o sofrimento causado pela perca da família pode gerar os sentimentos mais terríveis e levar um homem pacífico a tomar as atitudes mais extremas.

Os personagens são muito bem construídos e cativantes. Aronnax, com sua inteligência, sabedoria e curiosidade insaciável. Ned Land, que no começo da história aparenta ser um personagem secundário, rende momentos engraçados e ótimos diálogos com o Professor Aronnax. O jovem Conselho possui uma lealdade a Aronnax que dificilmente se vê por aí, e toda essa lealdade é retribuída a altura pelo seu “patrão”.

Já o Capitão Nemo é um grande ponto de interrogação durante todo livro. Por que e para que ele construiu uma embarcação do porte do Náutilo? O que leva um homem a simplesmente cortar todas as relações com a terra e seus habitantes, a ponto de tirar tudo que necessita somente do mar, sem precisar voltar a pisar em terra firme para fazer nenhum tipo de reabastecimento? Todas essas perguntas são respondidas no final trágico da história, e o destino do Capitão Nemo continua, e sempre continuará um mistério.

Pra quem gosta de ficção científica esse livro, assim como todos os outros de Julio Verne, é uma leitura quase que obrigatória, pois é um precursor desse tipo de literatura, além de ser uma ótima história e muito bem contada. Essa edição é simples, possui algumas gravuras e capítulos pequenos. Existem em algumas livrarias edições lindas, maiores, com mais gravuras e capa dura. Recomendo a todos a leitura dessa obra.