A obra de J. Verne tem mais de uma centena de
títulos, sessenta e quatro deles pertencentes ao ciclo das Viagens
Extraordinárias.
Como
podem verificar em baixo, não estão aqui todas as obras de Verne mas apenas as
que se encontram atualmente à venda em Portugal.
À frente do título, e
separados por virgula, encontram-se o ano em que a obra foi escrita e o ano
da sua publicação em França.
Em "Comentar a obra" poderá deixar a sua opinião acerca da obra.
Em "Comentar a obra" poderá deixar a sua opinião acerca da obra.

Cinco Semanas em balão foi a primeira grande obra literária do escritor francês Júlio Verne, publicada pela primeira vez em 1863.
Como é comum em todas as obras de Verne, este livro relata uma grandiosa viagem, passada em meados do séc. XIX, que teve como finalidade a travessia do continente africano desde a costa oriental à costa ocidental (Zanzibar ao Senegal), usando como veiculo um balão de hidrogénio. O criador deste aparelho é o professor Fergusson de nacionalidade inglesa, que já sendo famoso pelas suas grandes expedições à volta do globo quer ir mais além. Ele conjuntamente com o seu criado Joe, o seu grande amigo escocês Dick Kennedy, partem de Zanzibar, uma ilha na costa oriental de África, com o intuito de atravessarem o continente segundo uma rota mais ou menos paralela à linha do equador, tendo como grandes objectivos a descoberta da nascente do grande rio Nilo e a descoberta da região central de África que na altura ainda era uma incógnita nas cartas geográficas.
Viagem ao Centro da Terra (1864,
1864)
Na sua tranquila
casa de Hamburgo, o excêntrico
Professor Lidenbrock descobre, por acaso, o manuscrito de um alquimista
islandês
escondido numa obra do século XVII, no qual este revela ter atingido o
centro da Terra através da
cratera do Sneffels, vulcão extinto da Islândia. Seguir-lhe as pisadas é
a
determinação imediata do sábio que, logo um mês depois, inicia a sua
arriscada
viagem na companhia do sobrinho Axel e de um guia local chamado Hans. Os
três
homens, graças a lâmpadas portáteis (que estavam longe de existir em
1864), penetram pois, nas entranhas do globo terrestre, mas muitas e
pasmosas
surpresas os aguardam, ultrapassando mesmo todas as mais ousadas
expectativas de
qualquer dos viajantes: depois de percorrerem inúmeros poços e
corredores
deparam com uma caverna enorme na qual existe um mar, atravessam uma
floresta de
cogumelos, assistem a um combate de monstros pré-históricos e chegam a
ver,
vivos, os homens da era terciária representados por gigantes que se
dedicam ao
pastoreio de mastodontes.
A sua expedição acaba
quando a erupção de um outro vulcão, o Stromboli, os joga, bruscamente mas sem
danos, pelos ares.
“Viagem ao Centro
da Terra” é um dos seus livros mais
arrojados, propondo uma odisseia subterrânea até à região “onde pulsa o
coração da Terra”. Partindo do conceito (nem sempre muito estável) de
“plausibilidade científica”, Verne criou uma aventura colossal, um épico
que procura testar leis, princípios e probabilidades com o intuito de
evidenciar um entretenimento exótico e visionário.
Comentar a
obra
Capitão Hatteras -
II Vols. Os Ingleses no Pólo
Norte e O Deserto do Gelo (1863-64,
1864-65)
Da Terra à Lua (1864-65,
1865)
Os Filhos do Capitão Grant
- III Vols. (1865-66,
1865-67)
À
Volta da Lua (1868-69, 1869)
20 000
Léguas Submarinas (1866-69, 1869-70)
A Volta ao Mundo em 80 Dias (1872, 1872)
A Ilha Misteriosa
- III Vols. Os Náufragos do Ar,
O Abandonado e O Segredo da Ilha
(1873-74, 1874-75)

1º Volume:
É a história da busca da grande glória para a Inglaterra: atingir o Pólo Norte,
"o único ponto imóvel do globo, enquanto todos os outros giram com extrema
rapidez".
Ricardo Shandon e
o doutor Clawbonny recebem cartas em que são convidados a participar
numa
expedição com destino desconhecido. Shandon reúne a tripulação e
financia a construção de um barco. A enigmática exposição põe-se em
marcha rumo a
Norte, à baía de Melville, mas inesperadamente, um membro da tripulação
identifica-se como Hatteras, capitão do barco cujo objectivo é chegar ao
Pólo
Norte para aí implantar a bandeira britânica.
A invocação, fascinante e
poética, dos perigos e encantos das viagens polares. A demonstração de como o
homem pode dispor dos mais variados recursos para resolver as mais diversas
situações, com ajuda de algumas noções científicas e do engenho, da intrepidez e
de um sentido ético.
2º
Volume:
Hatteras abandonado pelos seus homens, encontra um explorador americano,
Altamond, com quem irá, enfim, compartilhar a sua conquista.

"Da Terra à Lua" conta a saga do "Gun
Club", uma organização americana especializada em armas de fogo, canhões e
balística em geral e da ideia de seus membros em construir um enorme canhão para
arremessar um objecto à Lua. Um aventureiro francês, Michel Ardan, propõe que o
bólido lançado seja tripulado e se apresenta como candidato à
"astronauta". Dois americanos se juntam a ele, Micholl e Barbicane, se
são lançados para o astro num "vagão-projéctil" de alumínio, impelido por um
gigantesco canhão enterrado no solo, o Columbiad.
O livro termina com a perda do contacto da Terra com a "nave"...
O livro termina com a perda do contacto da Terra com a "nave"...
É
relevante e surpreendente que o autor citasse neste livro detalhes
técnicos que somente seriam criados pela humanidade quase 100 anos
depois, como: -
uso de retrofoguetes para manobrar a nave e a descrição do módulo com 3
astronautas,
Há
ainda outras coincidências surpreendentes: - o telescópio nas montanhas
rochosas na obra tem 5 metros de diâmetro, o actual telescópio, que foi
feito muitos anos mais tarde, tem exactamente o mesmo diâmetro; - o
local da partida da nave em Tampa,
nos EUA, apenas a 30 km longe de onde realmente sairia a Apollo 11, 100
anos depois; - o nome de alguns astronautas como Michel é semelhante a
Michael (de Michael Collins) e Ardan (do Edwin Aldrin), o tempo
da chegada à Lua (4 dias), etc...

1º Volume:
Durante o naufrágio do navio Britania onde seguia o Capitão Grant, uma
mensagem numa garrafa é lançada ao mar
indicando apenas que o naufrago se tinha dado no paralelo 37. Este é o
ponto de partida de uma expedição
que passa pela América do Sul, Austrália e Nova Zelândia. A vida do
capitão Grant e dos seus companheiros está em risco. Será que os seus
filhos,
Mary e Robert Grant, aventureiros a bordo do veleiro Duncan, e com uma
única pista, vão conseguir encontrar o seu pai e salvá-lo?
«O mar estava magnífico; podiam
facilmente seguir-se à superfície as rápidas evoluções do esqualo, que
mergulhava ou se elevava com um vigor surpreendente. Os marinheiros lançaram uma
corda forte, munida de um anzol com um bocado de toucinho. O tubarão, apesar,
apesar de ainda se encontrar a uma distância de cinquenta metros, cheirou o
engodo oferecido à sua voracidade. Aproximou-se rapidamente. Viam-se-lhe as
barbatanas, cinzentas na extremidade, negras na base, bater as ondas com
violência. À medida que avançava, os seus enormes olhos salientes surgiam
inflamados de avidez.»
2º
Volume:
«O vento de oeste tinha até ai
favorecido a marcha do iate; mas há alguns dias mostrava uma tendência para
abrandar; pouco a pouco, acalmou. A 13 de Dezembro acalmou totalmente, e as
velas inertes caiam ao longo dos mastros. Este estado de atmosfera podia
prolongar-se indefinidamente. Esperava-se uma tempestade violenta que estado do
céu ainda não indicava.
Era uma hora e manhã quando o
vento assobiou nos cabos fixos com uma extrema violência. As roldanas batiam
umas nas outras. Vagas já monstruosas corriam ao assalto do iate».
3º
Volume:
«A pronta manobra
acabava de afastar o navio dos escolhos. Mas John ignorava a sua posição. Talvez
se encontrasse apertado dentro de uma cintura de recifes. O vento soprava em
cheio em direcção a leste e, a cada movimento, podiam tocar neles. Foi um
inexprimível momento de angústia. A espuma tornava as vagas luminosas. Dir-se-ia
que um fenómeno de fosforescência as iluminava subitamente. O mar uivava. De
repente teve lugar um choque...».
Comentar a
obra
Após "Da Terra à
Lua" , a história segue em "À Volta da Lua"
(naquela época, as aventuras criadas por Verne eram publicadas em capítulos, em
revistas semanais, e depois consolidadas em livros - por isso, o "suspense" que
era criado em cada parte da obra).
Este "segundo livro" narra as aventuras dos tripulantes da nave espacial no caminho para a lua e de sua tentativa de voltar para a Terra.
Este "segundo livro" narra as aventuras dos tripulantes da nave espacial no caminho para a lua e de sua tentativa de voltar para a Terra.
Como acontece com todos os seus personagens, eles enfrentam perigos incríveis e
o desconhecido com bravura e ousadia...mas sempre conquistam os seus objectivos.
Nesta obra há uma
coincidência surpreendente: -
No final do ultimo capitulo, os viajantes pousaram num ponto no Oceano
Pacífico (que é muito grande). Quando Armstrong e companhia foram à Lua,
a sua
cápsula caiu a apenas 3 metros do local que Verne tinha dito na sua
obra!

O
mistério que sempre envolveu o mar e o desafio que as profundezas marítimas
exerceram em todas as épocas sobre os homens, desejosos de as conquistar, são
temas eternos que alimentam a imaginação mítica de todas as gerações. Em "Vinte
Mil Léguas Submarinas", é assinalado um "monstro marinho" das profundezas do
Oceano; marinheiros, pescadores, cientistas, o mundo em geral, é alertado para o
perigo de um misterioso habitante do mar. Organiza-se uma expedição a bordo de
uma fragata americana para indagar da natureza do "monstro". A expectativa, o
medo, o mistério envolvem essa expedição. Nela vão três viajantes, o naturalista
Aronnax, o seu empregado Conseil, e o arpador Ned Land que acabam prisioneiros
desse "monstro".
O "monstro" esse ser apavorante, é o "Nautilus",
primeiro submarino concebido e comandado pelo homem. O comandante é um
enigmático capitão Nemo.
Graças
ao anfitreão, descobrem o mundo das profundezas abissais , cuja fauna e flora
são descritas por Verne. Eles vêem a misteriosa Atlântida e tesouros submersosm
enfrentam polvos gigantes e passam pelo istmo de Suez que na altura ainda não
estava feito. O autor dota os seus personagens de equipamento até então
desconhecidos como o escafandro e os fuzis submarinos.
É
aconselhável, para que a leitura deste livro seja mais
interessante e profunda que o leitor, tenha uma visão global do
planisfério terrestre, e que possua alguns conceitos básicos de
geografia,
principalmente na compreensão de coordenadas. Outra sugestão, que
também, torna a leitura deste livro muito interessante é acompanhar a
viagem com um
mapa ou um atlas do mundo, quanto mais completo e pormenorizado melhor.
Um navio amaldiçoado e um amor
proibido são o centro da trama deste romance, que revela a faceta de apaixonado
de Júlio Verne.
A viagem começa em Liverpool e tem
como destino Nova Iorque.
Verne
escreveu esta obra inspirada numa travessia ao Atlântico que fez a bordo
do Great Eastern que foi considerado na altura, o maior paquete do
Mundo
(110m de comprimento). Serviu em 1865 para a instalação submarina do
cabo telegráfico que ligava a Europa à América.

Phileas Fogg, um cavalheiro britânico, aposta com os
membros do seu clube que fará a volta ao mundo em oitenta dias. E hei-lo que
parte acompanhado do seu criado Passepartout, um parisiense esperto e expedito.
Para ganhar a aposta, teria de regressar a Londres em 21 de Dezembro de 1872, às
vinte horas e quarenta e cinco minutos.
Acusado, porém, de ser o audacioso assaltante do Banco
de Inglaterra, Phileas Fogg será permanentemente perseguido pelo detective Fix,
que, todavia, nunca consegue detê-lo... A Volta ao Mundo em 80 dias, um dos
romances mais célebres de Júlio Verne, alia à graciosidade e ao humor, o
verdadeiro espírito da aventura, do "suspense" e de um brilhantismo de escrita que
raras vezes foi igualado.
Embora muitos dos livros lançados tragam em suas capas
a foto de um balão, não há momento algum na história em que os personagens se
utilizem dele. Em certa ocasião, Phileas Fogg cogita o uso de um balão, mas a
ideia fica só na imaginação.
É curioso que Verne quando
escrevia a série “A Volta ao Mundo em 80 dias” (na altura a obra saía
por episódios), ocorreu uma febre tal na população para comprar os
folhetins,
que as companhias de navegação ofereceram fortunas para que as
personagens dos livros fizessem a última etapa num dos seus navios.
É aconselhável,
para que a leitura deste livro seja
mais interessante e profunda que o leitor, tenha uma visão global do
planisfério terrestre, e que possua alguns conceitos básicos de
geografia,
principalmente na compreensão de coordenadas. Outra sugestão, que também
torna a leitura deste livro muito interessante é acompanhar a viagem
com um
mapa ou um atlas do mundo, quanto mais completo e pormenorizado melhor.
Trajecto:
Phileas Fogg e Jean Passepartout foram de comboio de Londres a Dover e
atravessaram o Canal da Mancha
até Calais de navio. Daí a Paris, de comboio, seguindo até Turim e
Brindisi (porto italiano no mar Adriático). Embarcaram no vapor Mongolia,
que cruzou o canal de Suez e deixou-os em Bombaim (Índia).
Seguiram de comboio para Calcutá, embarcaram no vapor Rangoon para Singapura e Hong Kong; e na escuna Tankadere para Yokohama, no Japão. Dali o embarque foi no poderoso navio General Grant que aportou em São Francisco (EUA). Cruzaram o continente americano pelo caminho de ferro Pacific Railroad até New York, e o Atlântico no barco Henrietta até o porto de Liverpool, na Inglaterra e finalmente de comboio até Londres.
Seguiram de comboio para Calcutá, embarcaram no vapor Rangoon para Singapura e Hong Kong; e na escuna Tankadere para Yokohama, no Japão. Dali o embarque foi no poderoso navio General Grant que aportou em São Francisco (EUA). Cruzaram o continente americano pelo caminho de ferro Pacific Railroad até New York, e o Atlântico no barco Henrietta até o porto de Liverpool, na Inglaterra e finalmente de comboio até Londres.
Uma aventura extraordinária à volta do mundo.

1º Volume:
Foi terrível a
tempestade que arrastou sem rumo o balão onde viajavam quatro homens e
uma
criança prisioneiros da Guerra de Secessão nos Estados Unidos, que assim
se viram atirados para uma estranha ilha de formas bizarras,
logo baptizada por Lincoln.
Uma ilha desabitada, mas onde bem depressa certos indícios perturbadores
levantaram a suspeita de um mistério…
Desprovidos de nenhum bem ou ferramenta e ligados a uma civilização fundada na ciência e na moral, aqueles homens duros e corajosos conseguem instalar-se e criar, a partir da sua inteligência e habilidade, condições de vida. Tudo seria simples se um facto na aparência insignificante não viesse por em causa tudo quanto pensavam acerca da «sua» ilha.
Primeira parte dum grande romance de aventuras, onde se inscreve de maneira inconfundível o talento do escritor Júlio Verne. Uma obra que é um monumento de imaginação e simultaneamente um hino à coragem, à determinação e à capacidade criativa do homem!
Desprovidos de nenhum bem ou ferramenta e ligados a uma civilização fundada na ciência e na moral, aqueles homens duros e corajosos conseguem instalar-se e criar, a partir da sua inteligência e habilidade, condições de vida. Tudo seria simples se um facto na aparência insignificante não viesse por em causa tudo quanto pensavam acerca da «sua» ilha.
Primeira parte dum grande romance de aventuras, onde se inscreve de maneira inconfundível o talento do escritor Júlio Verne. Uma obra que é um monumento de imaginação e simultaneamente um hino à coragem, à determinação e à capacidade criativa do homem!
2º Volume:
Uma garrafa que dá
à costa e, lá dentro, coordenadas muito precisas a indicar, na imensidão do
Pacífico, outra terra onde alguém estava a precisar de auxilio… …ou de como a
colónia da ilha Lincoln se viu aumentada com um novo elemento… Reaparece um
outro personagem de Verne, Ayrton, o prisioneiro fugitivo de Os filhos do
Cap. Grant.
A história do desconhecido revela-se tão estranha como a sua própria figura. Mas, a acrescentar a tudo o mais, novos indícios se acumulam de que algo de muito estranho se passa naquela ilha – algo ou alguém que todas as buscas e pesquisas dos colonos não conseguem descobrir… Segunda parte de um romance de aventuras em que o "suspense" vai crescendo e se acentua na pena do grande mestre que foi J. Verne!
A história do desconhecido revela-se tão estranha como a sua própria figura. Mas, a acrescentar a tudo o mais, novos indícios se acumulam de que algo de muito estranho se passa naquela ilha – algo ou alguém que todas as buscas e pesquisas dos colonos não conseguem descobrir… Segunda parte de um romance de aventuras em que o "suspense" vai crescendo e se acentua na pena do grande mestre que foi J. Verne!
3º Volume:
Um barco avança em
direcção à ilha Lincoln com o objectivo de semear nela a destruição e a morte. É
outra vez David a enfrentar Golias. …Mas, no momento decisivo, uma intervenção
tão inesperada como misteriosa decide o combate a favor dos colonos… A morte
ronda Granite House: Harbert está gravemente doente e não há remédios para o
tratar…
De novo a mesma mão misteriosa traz aos colonos o auxílio necessário no momento decisivo.
De novo a mesma mão misteriosa traz aos colonos o auxílio necessário no momento decisivo.
Por fim, uma descoberta revelar-lhes-á que o famoso
submarino «Nautilus», do capitão Nemo que volta à tona neste romance, procurara refúgio naquelas mesmas
paragens. O encontro com o ilustre navegador, rodeado de empolgantes peripécias,
acabará por permitir aos cinco companheiros de aventuras o regresso feliz à
pátria.
Última parte duma obra extraordinária, em que, num crescendo de interesse, o leitor é conduzido, através das mais estranhas peripécias, ao desvendar dos mistérios acumulados e assiste ao desfecho inesperado duma história maravilhosa que se conta entre as melhores criações de Júlio Verne.
Última parte duma obra extraordinária, em que, num crescendo de interesse, o leitor é conduzido, através das mais estranhas peripécias, ao desvendar dos mistérios acumulados e assiste ao desfecho inesperado duma história maravilhosa que se conta entre as melhores criações de Júlio Verne.
Deste modo encerrou J. Verne o ciclo iniciado com «Os
Filhos do Capitão Grant» e «Vinte Mil Léguas Submarinas», no qual conduz os
leitores de maravilha em maravilha através do mundo prodigioso da natureza em
estado puro.
Comentar a
obra
As províncias
siberianas da Rússia são invadidas por hordas tártaras chefiadas por Ivan
Ogareff, antigo oficial imperial degradado. O irmão do czar está em perigo em Irkoutsk a cinco mil e quinhentos
quilómetros de Moscovo. Como preveni-lo? É preciso enviar um correio de uma
inteligência e coragem quase sobre-humanas.
O capitão Miguel Strogoff é escolhido e parte levando uma carta do czar, informando-o sobre a presença de um traidor entre os seus. Viaja sob anonimato e durante a travessia das grandes regiões siberianas vai pôr à prova a sua resistência e luta contra o inimigo. De facto, Ogareff entretém com ódio o fogo da rebelião tártara na vasta Sibéria. A sua luta com Strogoff, ao longo de uma aventurosa viagem através do Império, dá lugar a numerosos episódios dramáticos.
Capturado, será submetido ao suplício da espada em brasa com que tentam cegá-lo, de acordo com o costume tártaro. Vale-lhe Nadia que o ajudará a chegar ao seu destino. O traidor Ogareff insinuara-se junto do Príncipe fazendo-se passar por Miguel Strogoff. O romance atinge intenso dramatismo quando o verdadeiro Miguel Strogoff vence o inimigo.
O capitão Miguel Strogoff é escolhido e parte levando uma carta do czar, informando-o sobre a presença de um traidor entre os seus. Viaja sob anonimato e durante a travessia das grandes regiões siberianas vai pôr à prova a sua resistência e luta contra o inimigo. De facto, Ogareff entretém com ódio o fogo da rebelião tártara na vasta Sibéria. A sua luta com Strogoff, ao longo de uma aventurosa viagem através do Império, dá lugar a numerosos episódios dramáticos.
Capturado, será submetido ao suplício da espada em brasa com que tentam cegá-lo, de acordo com o costume tártaro. Vale-lhe Nadia que o ajudará a chegar ao seu destino. O traidor Ogareff insinuara-se junto do Príncipe fazendo-se passar por Miguel Strogoff. O romance atinge intenso dramatismo quando o verdadeiro Miguel Strogoff vence o inimigo.

1º
Volume:
O Pilgrim, um navio baleeiro
de pequena tonelagem, parte da Nova Zelândia com destino a Valparaíso, na
América do Sul. Durante a viagem, um incidente com uma baleia mata o comandante
e os principais membros da tripulação. Um dos grumetes é Dick Sand, um jovem de
15 anos que age e pensa como um homem de 30. Dick Sand pertence aos ousados, e é
sabido que a estes a fortuna sorri quase sempre. Assim, aos 15 anos, ele vai
tornar-se comandante e esperando trazer sãos e salvos os passageiros, entre os
quais se encontram cinco negros recolhidos de um naufrágio, rumo à América. Mas essa
viagem não vai ser simples: alguém está interessado em que ela tenha outro
destino…
Essa personagem é o
português Negoro, cúmplice de piratas e de traficantes de escravos. As manobras
do traidor colocam o Pilgrim numa rota falsa: pensando acostar no Perú, Sand e
os seus companheiros abordam de facto as costas de Angola (África), onde são
feitos prisioneiros pelos cúmplices de Negoro.
2º
Volume:
O Pilgrim
contornou o cabo Horn e prossegui viagem até acostar em África. Assim, crendo
encontrar-se na América, Dick Sand e os seus companheiros acham-se em plena
África ocidental. Por obra dos cruéis Harris e Negoro, são feitos escravos e
iniciam uma terrível caminhada para a liberdade que os leva a enfrentar os perigos da selva e os
indígenas que pretendem imolá-los aos seus deuses. Por fim, conseguem fugir numa
piroga ao longo do Congo, lançando-se nas aventuras mais extraordinárias em
busca da foz do rio...
Kin-Fo
é um homem chinês jovem, saudável, extremamente rico e profundamente
entediado. Nem o casamento próximo com a bela Le-U o anima, o que leva
seu amigo inseparável, o filósofo Wang, a acusá-lo de não ter passado
por
provações na vida, nem ter sentido a infelicidade, o desconforto ou a
desgraça, e por isso não dar valor à real felicidade. Quando Kin-Fo,
recebe a notícia que a sua fortuna está perdida
com a falência do banco americano onde estava depositada, faz um seguro
contra a sua morte, incluindo o suicídio, cuja apólice beneficiaria Le-U
e
Wang no caso da sua morte (a qual ele planeia, com intuito de dar um
último alento - e uma pequena fortuna - aos dois). Vive uma série de
peripécias, acompanhado por operacionais da seguradora, que têm a missão
de o proteger dos seus próprios actos. Como não consegue se suicidar,
força
Wang, um antigo partidário dos Taiping (movimento político-religioso que
provocou uma vasta rebelião contra a dinastia manchu Qing entre
1850-1854), em nome da sua infinita amizade, a se comprometer com ele e
cumprir a missão de o matar, até ao dia final do contracto do seguro de
vida,
ou seja, num prazo de 52 dias. Para
isso, assina uma carta onde exime o portador de toda a culpa, assumindo
sozinho a responsabilidade do seu acto. Então Wang desaparece para
preparar o assassinato, mas entretanto, Kin-Fo é informado que as suas
fortunas afinal não estão perdidas. Decide então viajar pela China, afim
de evitar de ser assassinado antes que o contrato expire. A sua
preocupação
aumenta quando recebe uma mensagem de Wang onde diz que não conseguia
viver com a dor de ter assassinado um amigo e portanto decide matar-se,
dando a
tarefa de o matar a um amigo de longa data chamado Lao-Shen.
Este
romance filosófico, está cheio de humor e aventuras. Percorre o
território chinês no final do século XIX, revelando aspectos culturais,
religiosos e geográficos do
país mais populoso do planeta.
No plano moral, encerra uma lição de amor à vida : o dinheiro tem um preço certo, mas os valores espirituais do homem - o livre arbítrio, a paz interior, a justiça, o Amor - são imensuráveis.
No plano moral, encerra uma lição de amor à vida : o dinheiro tem um preço certo, mas os valores espirituais do homem - o livre arbítrio, a paz interior, a justiça, o Amor - são imensuráveis.
A grande fortuna que a Begum deixa
gera enorme interesse público porque não são conhecidos os seus herdeiros;
quando estes surgem, um francês, Sarrasin, e um alemão, Schultz, o interesse foca-se no que irão os
herdeiros da Begum fazer a tão colossal herança.
As duas mentalidades - a francesa e a alemã - estarão marcadamente presentes na diferente forma como o dinheiro é empregue: o herdeiro francês abdicará da sua fortuna para a construção de uma cidade modelo para os mais desfavorecidos da sorte. É um hino ao desenvolvimento cartesiano, à felicidade racional e desprovida de fantasia.
As duas mentalidades - a francesa e a alemã - estarão marcadamente presentes na diferente forma como o dinheiro é empregue: o herdeiro francês abdicará da sua fortuna para a construção de uma cidade modelo para os mais desfavorecidos da sorte. É um hino ao desenvolvimento cartesiano, à felicidade racional e desprovida de fantasia.
O herdeiro alemão
comprará um terreno nos Estados Unidos da América, para aí estabelecer uma
"cidade de aço" desumanizada, para a produção de canhões e munições.
Está desenhado o choque entre o espírito pacifista e o espírito bélico. O alemão construirá um canhão gigantesco cujo projéctil está destinado a alcançar um alvo enorme - a cidade modelo do co-herdeiro.
Está desenhado o choque entre o espírito pacifista e o espírito bélico. O alemão construirá um canhão gigantesco cujo projéctil está destinado a alcançar um alvo enorme - a cidade modelo do co-herdeiro.
A narrativa um pouco
maniqueísta mostra-se, em certo sentido, premonitórias das guerras mundiais do
século XX.
"Phyislyddqfdzxzazgzzqqehx..."
Assim começa esta obra ambientado na Amazónia. Esta misteriosa
introdução
surpreende o leitor logo de saída. É o enigma que sustenta a intriga
deste
romance publicado originalmente em 1881. Júlio Verne, é
sabido, nunca pisou a Amazónia nem mesmo o Brasil. A sua imaginação,
os seus textos trabalharam, portanto, a partir de imagens, anotações de
viajantes da época,...
"A Jangada" conta a história de uma viagem empreendida pela família de um próspero fazendeiro instalada em Iquitos. O objectivo confesso: ir a Belém para casar Minha, a filha, com um colega de estudos do irmão, Manuel Valdez. Mas Joam Garral tem também as suas razões secretas: conseguir, correndo o risco da sua efectiva execução, a revisão da sentença que o condenou injustamente à morte pelo caso de um roubo de diamante vinte e seis anos antes, enquanto ele trabalhava, sob a sua verdadeira identidade de Dacosta, nas minas imperialistas brasileiras. Com o objectivo de se deslocar, visto que o projecto era familiar, o herói não imagina outro meio senão construir uma gigantesca aldeia flutuante que se deixará levar pela correnteza do rio..
"A Jangada" conta a história de uma viagem empreendida pela família de um próspero fazendeiro instalada em Iquitos. O objectivo confesso: ir a Belém para casar Minha, a filha, com um colega de estudos do irmão, Manuel Valdez. Mas Joam Garral tem também as suas razões secretas: conseguir, correndo o risco da sua efectiva execução, a revisão da sentença que o condenou injustamente à morte pelo caso de um roubo de diamante vinte e seis anos antes, enquanto ele trabalhava, sob a sua verdadeira identidade de Dacosta, nas minas imperialistas brasileiras. Com o objectivo de se deslocar, visto que o projecto era familiar, o herói não imagina outro meio senão construir uma gigantesca aldeia flutuante que se deixará levar pela correnteza do rio..
O famoso enigma
redigido pelo verdadeiro culpado antes de morrer, prova a inocência de
Garral. Mas o documento cai nas mãos de Torres, um indivíduo tão pérfido
quanto ambicioso. Ele oferece a preciosa mensagem em troca da mão da filha
de Joam Garral. Diante da recusa deste, Torres denuncia-o e este é preso,
devendo ser executado de um dia para o outro. Custará ao seu filho Benito
muitos esforços até que possa então pôr as mãos no texto codificado, graças
ao qual a sentença possa ser revogada.
A bela
Helena Campbell está prometida em casamento ao insuportável Aristóbulo
Ursiclos.
Mulher moderna e à frente da sua época, não aceita essa condição,
imposta por interesses familiares. Para ganhar tempo, jura à família que
se casará quando
conseguir ver o lendário Raio Verde (o último raio do pôr do sol que se
encosta no mar trata-se de um raio de cor verde), pois segundo
conta a lenda, quem o vir encontrará o seu verdadeiro amor.
Helena parte com
os
tios (acompanhados, claro, pelo pretendente) em aventuras através da
Escócia, à procura da melhor localização para observar o fenómeno. Acaba
por
conhecer acidentalmente Oliver Sinclair, um náufrago que ela ajuda a
salvar da morte. O jovem, eventualmente, tem a oportunidade de pagar a
dívida e
os dois acabam por se apaixonar. Helena tenta, por várias vezes,
observar o fenómeno acompanhada por Oliver, mas é sempre atrapalhada por
Ursiclos.
Finalmente, conseguem encontrar um local à beira-mar, num dia sem nuvens e sem a presença de Ursiclos... Recomendo a sua leitura, pois tem um final surpreendente!
Finalmente, conseguem encontrar um local à beira-mar, num dia sem nuvens e sem a presença de Ursiclos... Recomendo a sua leitura, pois tem um final surpreendente!
É uma obra
diferente, mas que, nem por o ser, desmerece do melhor que conhece de Júlio
Verne.
Um pormenor
deste livro, é que menciona Portugal como um dos destinos que o grupo
pondera para se instalar à beira-mar para poder observar a despedida do
sol.
No auge das
divergências científicas acerca do peso dos aparelhos voadores que haveriam de
conquistar o espaço aéreo, reuniram-se em sessão plenária o Weldon-Institute, de
Filadélfia, cujos membros são apaixonados pela aerostação , para quem o futuro
da navegação aérea pertence aos balões dirigíveis e tão somente a eles. De súbito, porém, um desconhecido de aspecto imponente
surgiu na sala repleta e anunciou: «Cidadãos dos Estados Unidos da América,
chamo-me Robur. Sou digno deste nome.» Em seguida defendeu a tese favorável aos
aparelhos «mais pesados do que o ar».
Após uma tremenda confusão, Robur acabou por desaparecer inexplicavelmente mas, com ele, desapareceram também o presidente (Uncle Prudent) e o secretário (Phil Evans) do Instituto, afinal raptados e levados para o Albatros (como aconteceu com Nemo e Aronnax), prodigiosa máquina voadora, a bordo da qual irão viver aventuras inesquecíveis e sobrevoar o mundo inteiro, embora nunca se dando por convertidos à teoria oposta à sua.
Após uma tremenda confusão, Robur acabou por desaparecer inexplicavelmente mas, com ele, desapareceram também o presidente (Uncle Prudent) e o secretário (Phil Evans) do Instituto, afinal raptados e levados para o Albatros (como aconteceu com Nemo e Aronnax), prodigiosa máquina voadora, a bordo da qual irão viver aventuras inesquecíveis e sobrevoar o mundo inteiro, embora nunca se dando por convertidos à teoria oposta à sua.
"Robur, O Conquistador" é assim, um romance premonitório, no qual Júlio Verne
aborda com uma certeza e uma inteligência notáveis todas as possibilidades
futuras da aviação.

Lançado à água dentro de uma garrafa, e após várias peripécias, este bilhete - ao qual a crendice popular atribuíra a certeza de receber o prémio - acaba por cair nas mãos de um ganancioso usurário que seria, portanto, o eventual ganhador. Mas o mar desempenhará, desta vez, o papel benfazejo de mensageiro da justiça e da felicidade!
1º Volume:
Aventura
e intriga nas quentes plantações da Flórida durante a Guerra da Secessão
que opôs o Norte ao Sul dos Estados Unidos. James Burbank, um colono
vindo do
Norte e proprietário de escravos por força das
leis locais, é contra a escravatura e defende a libertação dos negros.
Quando ousa conceder a liberdade
a todos os seus escravos, atrai a fúria dos sulistas, que, liderados
pelo tenebroso Tear, procuram por todas as formas destruí-lo e à
família,
instaurando um regime de terror.
A calma e
verdejante paisagem da Florida esconde a rebelião que germina. O norte e o sul
vivem uma guerra que durará quatro longos anos. Com uma população de meios
americanos, meios espanhóis e índios semiolas, Júlio Verne enceta uma viagem à
América no tempo em que os steam boats cruzavam ainda o rio Saint-John.
2º
Volume:
No segundo volume desta obra, passada em plena Guerra de Secessão dos
Estados Unidos, continuamos a seguir a odisseia da família Burbank.
James Burbank, e
os seus amigo vêem-se envolvidos numa expedição aventurosa que atravessa
grande parte do território, em estado ainda selvagem, perseguindo o
bando liderado por Texar. Este criminoso, aproveitando-se do conflito,
raptou a
família de Burbank e fugiu, deixando atrás de si um rasto de
assassinos...
Comentar a
obraDois Anos de Férias (1886-87, 1888)

Aconteceu, porém., que o iate quebrou misteriosamente as amarras na altura em que toda a tripulação se encontrava em terra, exceptuando um grumete. Lançado, assim, no mar sem a presença de qualquer adulto, o «Sloughi» será precipitado por uma violenta tempestade para uma ilha deserta nas proximidades da América do Sul.
Começam, então, as longas «férias» involuntárias, durante as quais os jovens caçam, pescam, inventam armadilhas, domesticam animais, cultivam a terra, enfrentam rivalidades provocadas pelo antagonismo nascido das diferenças de caracteres e de raças.
No decurso do segundo ano desembarcam na ilha outros náufragos: bandidos temíveis condenados a pesadas penas que, deste modo, evitam cumprir. Trava-se então uma luta implacável entre jovens que apenas possuem inteligência e coragem e homens que não conhecem fé nem lei...
É curioso saber que
Verne tinha um carinho especial por Aristide Breand, colega do seu filho, e por isso mesmo
decidiu colocá-lo, com o nome de Briant, como personagem principal da obra.
Transportando-nos a uma aldeia
perdida nos Cárpatos e atrasada no tempo, Júlio Verne faz-nos viver uma aventura
rodeada de mistério e de sortilégios.
A aldeia de West, na Transilvânia,
oferece os seus habitantes uma vida bucólica e sossegada, em que cada um sabe
que, desde que respeite os génios da floresta, estará ao abrigo de qualquer
malefício. Ao longe, a sombra protectora do castelo abandonado do barão Rodolf
de Gortz, desaparecido há já alguns anos, garante-lhe a solidez do tempo.
Tudo decorre, pois, na mesma calma
de sempre, como se o tempo ali tivesse parado. Mas um simples objecto do avanço
científico – um óculo de aumentar -, apontado a um dos torreões do castelo, vem
desencadear toda uma série de acontecimentos que deixem estupefactos e temerosos
os habitantes da aldeia. A fortaleza apresenta sinais de estar habitada. Para a
imaginação fértil dos aldeões só o poderá ser por identidades não humanas. E,
como se não bastasse, a ousadia de quem se atreve a desvendar o mistério é
severamente castigada.
Mas as surpresas mal haviam
começado…
Harmonizam-se de forma inexcedível
neste romance duas das características dominantes na vastíssima obra do autor:
aventuras numa ilha misteriosa e antecipação científica.
Boa parte da acção de «Em Frente da Bandeira» acontece, de facto, numa ilha com a forma de uma chávena invertida, onde se acoita um bando de piratas e a sua escuna «Ebba», que se desloca a grande velocidade apesar de não dispor nem de velas nem de hélice...
A parte científica está a cargo de Thomas Roch um genial sábio francês inventor de um engenho autopropulsivo com vasto poder de destruição (como a bomba atómica), que determina a própria velocidade e acelera até atingir o alvo.
É, porém, notório o desequilíbrio mental do cientista, cuja ambição desmedida o leva a odiar a Pátria por dela o terem banido. Assim, qual será a reacção de Thomas Roch quando lhe surge a oportunidade de utilizar a sua invenção contra os próprios compatriotas?
Boa parte da acção de «Em Frente da Bandeira» acontece, de facto, numa ilha com a forma de uma chávena invertida, onde se acoita um bando de piratas e a sua escuna «Ebba», que se desloca a grande velocidade apesar de não dispor nem de velas nem de hélice...
A parte científica está a cargo de Thomas Roch um genial sábio francês inventor de um engenho autopropulsivo com vasto poder de destruição (como a bomba atómica), que determina a própria velocidade e acelera até atingir o alvo.
É, porém, notório o desequilíbrio mental do cientista, cuja ambição desmedida o leva a odiar a Pátria por dela o terem banido. Assim, qual será a reacção de Thomas Roch quando lhe surge a oportunidade de utilizar a sua invenção contra os próprios compatriotas?
Há uma série de
fenómenos
inexplicáveis a acontecer na costa este dos Estados Unidos. São causados
por objectos com velocidade tão elevada, que são invisíveis ao olho
humano.
O narrador, na
primeira-pessoa, é
John Strock, "o inspector principal no departamento federal da polícia"
em Washington, D.C.. Strock viaja à Cordilheira Azul da Carolina do
Norte para
investigar e descobre que todos os fenómenos são causados por Robur, (um
inventor brilhante que apareceu previamente em Robur, O Conquistador de
JV).
Robur tinha aperfeiçoado uma invenção nova, a qual "Terror". É um
veículo com dez metros de comprimento, e era alternadamente um automóvel
(corria a
mais de 250 km/h), um carro anfíbio (era barco e submarino) e, seguida
por navios de guerra, conseguia desdobrar suas asas, como fez no alto
das
quedas do Niágara. Pode viajar a uma velocidade de 150 milhas/hora na
terra e a 200 milha/hora a voar. Strock tenta capturar o Terror mas é
ele
o capturado. O estranho veículo ilude os seus perseguidores e chega às
Caraíbas onde Robur acaba por enfrentar uma tempestade. O Terror é
atingido por
um relâmpago e cai no oceano. Strock é salvo do veículo atingido mas o
corpo de Robur nunca é encontrado. O leitor é deixado na dúvida se Robur
morreu
realmente ou não.
"Senhor do Mundo"
é um livro
fascinante que antecipa algumas invenções. Nesta obra a última aeronave
que Júlio Verne pode imaginar é a soma de outras invenções.
"Senhor do Mundo", de 1904 é uma continuação de "Robur, o
Conquistador" de 1886.
Obras Modificadas
(manuscritos recuperados, modificados e publicados pelo seu filho, Michel
Verne)
25
de Julho de 2899, é relatado nesse dia,
a vida do director do jornal "Earth Herald", Francis Bennett. Entre
chamadas visofónicas, passeios de aerocarro e reportagens por telefoto
ele decide a política da mais tradicional colónia norte-americana - a Inglaterra - o que fazer com a Lua e quais os inventos que deseja financiar. Um dia cheio na vida de um jornalista do século XXIX.
ele decide a política da mais tradicional colónia norte-americana - a Inglaterra - o que fazer com a Lua e quais os inventos que deseja financiar. Um dia cheio na vida de um jornalista do século XXIX.
Obra
póstuma de Júlio Verne, esta fantasia tem a ver com o mundo da imprensa
e
comporta, como a maior parte das suas obras, uma extraordinária
antevisão do futuro da imprensa em 2889. Nessa época que nova forma
poderão ter as
notícias? Que tipo de relação haverá nessa altura entre os repórteres e
os leitores? Duas perguntas curiosas de difícil resposta, a que só Júlio
Verne, com a sua imaginação transbordante e o seu impressionante sentido
de futurologia, poderia responder.
Esta narrativa apareceu pela 1ªvez, em
língua inglesa, em Fevereiro de 1889, na revista "The Forum". Foi depois
apresentada, com algumas modificações, em língua francesa.
Este livro, apesar de se intitular "O
dia de um Jornalista Americano no Ano de 2889", contém para além desta,
outras obras de J. Verne mas modificadas por Michel Verne:
- O Destino de Jean Morénas (1852, 1988)Jean Morénas foi acusado de um crime que não cometeu e anos mais tarde o verdadeiro culpado ajuda Jean a fugir da prisão. Após a fuga, Jean regressa à sua cidade afim de ver a mulher que sempre o amou, Marguerite. O amor de Jean por Marguerite é tão grande que, quando teve oportunidade de acusar o verdadeiro culpado, não o fez com medo que alguém fizesse mal a Marguerite.Esta novela inédita data da juventude do autor das Viagens Extraordinárias, mas foi mais tarde revista e consideravelmente modificada pelo seu filho Michel...
- Humbug - A Mistificação (1867, 1910)Um homem americano diz ter em seu poder um pé fóssil gigante. Quando chega a altura de o mostrar, diz que alguns animais destruíram-no o que acaba por o arruinar. Mas faz tudo parte de uma mentira...Trata-se de uma sátira de Verne
- O Eterno Adão (-, 1910)Zartog Sofr, um dos mais brilhantes cientistas do Império dos Quatro Mares, encontra um cilindro metálico antiquíssimo numa escavação. Dentro estão folhas de papel escritas numa linguagem desconhecida, que ele muito intrigado traduz. Descobre assim a aventura perturbadora dos primeiros homens da sua era e o quão pouco sabe sobre a sua ciência.Escrita por M. Verne nos seus últimos anos, esta novela póstuma tem a particularidade de chegar a conclusões bastante pessimistas, contrárias ao orgulhoso optimismo que anima as Viagens Extraordinárias.

Trata-se de um
romance fantástico, em que se conta a história dramática de Wilhelm Storitz, um
ser diabólico e amargo, que jura vingar-se da afronta da família Roderich, ao
recusar-lhe a mão da sua belíssima herdeira, Myra.
Este livro,
publicado pela
Europa-América teve a intervenção do filho,
Michel
Verne, que lhe alterou significativamente o conteúdo depois da morte de seu pai. Existe este livro, sem as
modificações de Michel, em baixo lançado pela Editorial Notícias.
Porém, as ilustrações são as mesmas.
Obras Póstumas
(manuscritos publicados depois da morte de J. Verne)
"O Tio Robinson" foi escrito por Verne
antes de seu sucesso com "Cinco Semanas em Balão", em cerca de 1861, mas o
problema é que a história foi rejeitada por seu amigo e editor,
Jules Hetzel.
Por isso, não faz parte da lista oficial das "Viagens Extraordinárias". A
história, recuperada por Michel Verne, seu filho, só foi publicada postumamente.
Algumas ideias do livro foram aproveitadas por Verne nas suas obras "A Ilha
Misteriosa" e "A Escola dos Robinsons".
"O Tio Robinson",
representa o primeiro contributo de Júlio Verne para um tema que lhe seria
sempre muito caro: a sobrevivência de náufragos numa ilha deserta em que a
natureza se revela pródiga para quem sabe compreendê-la.
Desta vez os protagonistas são um casal americano - Mr. E Mrs. Clifton -, os seus quatro filhos - Marc, Robert, Jack e Belle - e um marinheiro de origem francesa. Todos viajavam a bordo do veleiro «Vankouver», de regresso aos Estados Unidos, quando uma parte da tripulação, chefiada pelo imediato, se amotinou em pleno oceano Pacífico.
Enviados num escaler para uma ilha situada nas proximidades, a família Clifton e o marinheiro Flip - a quem as crianças passam a chamar carinhosamente Tio Robinson - vêem-se a braços com os problemas inerentes a uma situação em que o desespero e a esperança se entrelaçam ou alternam, num desafio constante à inteligência e à criatividade para resolver os casos mais imprevisíveis surgidos na luta diária pela vida.
Desta vez os protagonistas são um casal americano - Mr. E Mrs. Clifton -, os seus quatro filhos - Marc, Robert, Jack e Belle - e um marinheiro de origem francesa. Todos viajavam a bordo do veleiro «Vankouver», de regresso aos Estados Unidos, quando uma parte da tripulação, chefiada pelo imediato, se amotinou em pleno oceano Pacífico.
Enviados num escaler para uma ilha situada nas proximidades, a família Clifton e o marinheiro Flip - a quem as crianças passam a chamar carinhosamente Tio Robinson - vêem-se a braços com os problemas inerentes a uma situação em que o desespero e a esperança se entrelaçam ou alternam, num desafio constante à inteligência e à criatividade para resolver os casos mais imprevisíveis surgidos na luta diária pela vida.
Um Padre em 1839" é o primeiro romance escrito por Júlio Verne, contava o autor 19 anos. Terá sido esta a razão por esta obra ter grande influência do escritor Victor Hugo.
Uma bruxa, um
assassino e um padre maldito são, aqui, os peões do mal face à inocência de uma
jovem ajudada por um improvisado detective, Jules Deguay, cuja grande missão é
descobrir assassinos impunes, vingar a morte de suas vítimas e agitar os hábitos
cúmplices de um polícia e da Justiça. Como geralmente acontece com os primeiros
romances, também este regista uma importante componente autobiográfica.
Este é um dos "livros póstumos" de Verne
lançados por seu filho, Michel. Pouco depois da morte do pai, Michel Verne
anunciou a existência de vários manuscritos inéditos, alguns já totalmente
escritos e em fase de revisão - é sabido que Verne nunca se satisfazia com seus
rascunhos antes da quarta ou quinta prova - e outros ainda inacabados (como é o
caso).
Vários livros publicados nessa época têm, verdadeiramente o "toque" do mestre, como "A Invasão do Mar", "O Farol no Fim do Mundo" . Outros causaram polémica, sendo Michel acusado de escrever ou reescrever sobre um rascunho inicial pouco desenvolvido (ou mesmo de inventar a história toda).
Vários livros publicados nessa época têm, verdadeiramente o "toque" do mestre, como "A Invasão do Mar", "O Farol no Fim do Mundo" . Outros causaram polémica, sendo Michel acusado de escrever ou reescrever sobre um rascunho inicial pouco desenvolvido (ou mesmo de inventar a história toda).
É o tempo
heróico da febre de ouro.
Mineiros e
bandidos percorrem as paisagens agrestes da região norte do Canadá à procura da
utopia dourada. Dois primos oriundos de Montreal atravessam montanhas, lagos e
rios unidos pela mesma vontade de conquista e pela miragem de uma riqueza sem
limites.
Romance de acção
vertiginosa e espectaculares surpresas, "O Vulcão de Ouro" surgiu já depois da
morte do autor numa versão do filho, Michel Verne, que adulterava gravemente o
original. Na sequência da descoberta do manuscrito pela Sociedade Júlio Verne,
temos agora a possibilidade de o conhecer na versão original, com todo o seu
fulgor e imaginação prodigiosa.
Júlio Verne continua a estar nas boas graças dos leitores. (...) "Se Júlio Verne
ainda é legível, isso deve-se à força mítica das suas histórias." Não admira,
pois, o interesse que suscitou a descoberta de inéditos seus, nos anos 80.
Para lá
da ponta da Terra do Fogo, "no fim do mundo", onde se cruzam as águas de dois
oceanos, o Atlântico e o Pacífico, existe uma ilha onde um farol, com três
guardas encarregados de zelar pelo seu funcionamento, impede que os
navios se despedacem nos recifes. Mas nessa região desabitada sobrevive um bando de
piratas, ladrões de salvados, provocadores de naufrágios, assassinos sem
contemplações que assaltam as embarcações nas margens inóspitas daquela ilha. Um
dia o bando de Kongre chega a assassinar dois dos guardiões. O terceiro, o velho
Vasquez, consegue fugir e recolhe um americano, John Davis, cujo navio foi presa
de bandidos. Eles lutarão juntos contra o mal, encarnado por Kongre, esperando o
reforço da armada.
Trágico
relato, este drama ocorreu em 1860, após a construção do primeiro farol da ilha
dos estados.
Este livro, o
último escrito por Júlio Verne (apenas 19 dias antes da sua morte), é pela
primeira vez publicado na sua versão original sem a intervenção do filho, Michel
Verne, que lhe alterou significativamente o conteúdo.
Trata-se de um
romance fantástico, em que se conta a história dramática de Wilhelm Storitz, um
ser diabólico e amargo, que jura vingar-se da afronta da família Roderich, ao
recusar-lhe a mão da sua belíssima herdeira, Myra. Aprendiz das grandes
experiências científicas do seu pai, terá Storitz encontrado o segredo da
invisibilidade?
Tendo por pano
de fundo os cenários enigmáticos da Hungria Meridional, O Segredo de Wilhelm
Storitz revela-se uma aventura sobre as fronteiras da própria condição
humana.
Escrito
em 1898 mas publicado em 1908 depois da morte do autor, "A Caça ao
Meteoro" descreve, de certa maneira humorística e fantasista, a
lamentável rivalidade de dois astrónomos amadores para se tornarem os
legítimos possuidores de uma esfera de ouro surgida no espaço. Desta
caça,
cómica e cósmica, os rivais saem derrotados, perdendo o seu lugar de
descobridores do bólide.
Observação
celeste, sobre o qual Verne ironiza ao relembrar a verdade de
Brillat-Savarin: «A descoberta de um novo prato culinário faz mais pela
felicidade da humanidade do que a descoberta de uma estrela!»
"Paris
do Século XX" editado pela Bertrand, é uma obra atípica do mestre, onde
ele, em vez de exaltar
as conquistas e façanhas do Homem na segunda metade do século XIX, cria
um mundo
no futuro distante - 1960 - e mostra uma Paris sufocada por prédios
gigantescos, iluminada pela electricidade e electromagnetismo,
uma capital entregue ao culto da ciência e tecnologia, com um povo
dominado pela classe política/empresarial e inundada de burocratas,
que se esqueceu das artes, da poesia e da liberdade individual. Metros
suspensos e automatizados, automóveis individuais, silenciosos e não
poluentes
movidos a hidrogénio, enfim, uma utopia onde daria gosto viver-se, não
fossem as ciências mecânicas terem o direito de cidade e os poetas e
escritores
estarem reduzidos à miséria e ao ridículo. De facto, a população toda
ela alfabetizada, não consegue ler outra coisa senão manuais técnicos. A
desculturização tornou-se realidade.
Apesar do tom pessimista, Verne não deixa de mencionar e festejar os avanços tecnológicos da época do romance: o automóvel, o "fax", o computador, a comunicação instantânea e à longa distância etc.
Mesmo assim, seu herói, Michel (nome que daria ao seu filho) sofre ao ver que está imerso numa Paris fria e insensível, que já não sabe mais, por exemplo, quem foi Victor Hugo.
Apesar do tom pessimista, Verne não deixa de mencionar e festejar os avanços tecnológicos da época do romance: o automóvel, o "fax", o computador, a comunicação instantânea e à longa distância etc.
Mesmo assim, seu herói, Michel (nome que daria ao seu filho) sofre ao ver que está imerso numa Paris fria e insensível, que já não sabe mais, por exemplo, quem foi Victor Hugo.
"Paris no
Século XX" foi escrito por Verne bem no início de sua carreira, tinha Verne 35 anos. Foi apresentado
ao seu editor,
Jules-Pierre Hetzel, logo após o sucesso
de "Cinco Semanas em Balão", e fugia do estilo romance-geográfico que marcou
toda sua obra. O problema é que o livro tem um conteúdo depressivo, e Hetzel por carta,
aconselhou o escritor a não publicá-lo na época, pois fugia à fórmula de sucesso
dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias.
Verne guardou-o e jamais impôs sua publicação - mesmo no auge da fama. O manuscrito original foi apenas recentemente descoberto por um bisneto de Verne num cofre no sótão de sua casa e finalmente publicado em 1994.
Verne guardou-o e jamais impôs sua publicação - mesmo no auge da fama. O manuscrito original foi apenas recentemente descoberto por um bisneto de Verne num cofre no sótão de sua casa e finalmente publicado em 1994.
É uma
obra atípica mas fundamental para se entender Verne. Apesar de todos os defeitos
que críticos podem ter achado num livro dos primórdios de sua produção, é uma
obra obrigatória. Ao mesmo tempo que exalta o espírito humano, ele mostra aqui
uma total descrença no futuro - ou pelo menos, num futuro muito parecido com
o que tempo em que vivemos. Isso é que é o pior...
Mais uma vez, Júlio Verne mostrou-se visionário.
Mais uma vez, Júlio Verne mostrou-se visionário.
A Invasão
do Mar, editado pela Antígona, é, no entanto, a última obra que o escritor reviu antes
de morrer. Na
realidade, o manuscrito denominava-se "O Mar Sariano", e o título pelo qual Verne
premonitoriamente optou evoca a catástrofe, a devastação, a morte, colocando
assim a narrativa sob o signo de uma fatalidade anunciada.
Numa primeira abordagem, o que
despertará o interesse do leitor é o facto de ser um exótico romance «tunisino»,
e consagrado a um sonho, ou a uma utopia, que deve tanto aos sortilégios da
mitologia quanto aos cálculos dos geógrafos e dos economistas. Trata-se, por um
lado, de um romance dúplice, na medida em que o herói da liberdade, Hadjar, e o
campeão dos empreendimentos tecnológicos audaciosos, De Schaller, são colocados
no mesmo plano, e, por outro, de um romance trágico, pois a tragédia, pelo menos
segundo Pierre Corneille, reside na encenação de um dilema cuja insolubilidade
só pode ser resolvida através do sofrimento e da morte do herói.
Este pode ser considerado um
texto-testamento, um texto-confissão, onde, através do subterfúgio da ironia,
Verne põe em causa a presunção do capitalismo e do colonialismo em mudar o
mundo, impondo as suas leis aos povos cujo direito à terra usurpam, em nome do
bem futuro deles, e no qual é notório que Verne viveu dividido entre a sua
admiração pelos heróis modernos da ciência e da tecnologia ocidentais, e a sua
vocação sempre juvenil e irreprimível de tomar parte no heroísmo libertário
Operetas
Júlio Verne,
enquanto autor teatral, não é muito conhecido da maioria das pessoas. No entanto
a sua obra neste campo é algo extensa: 5 dramas históricos, 18 comédias e
vaudevilles, 8 libretos para óperas-cómicas e operetas e 7 peças escritas a
partir do conjunto das suas "Viagens Extraordinárias". Ou seja, um total de 38
peças.
Sr. de Chimpanzé ("Monsieur de Chimpanzé") é uma opereta em um acto com libreto de Júlio Verne e música de Aristide Hignard. Foi apresentada pela primeira vez no Théâtre des Bouffes Parisiens, no dia 17 de Fevereiro de 1858, e enquadrava-se perfeitamente na forma e no espírito das óperas cómicas que na época animavam aquela sala parisiense.
As personagens desta opereta são o Dr. Van Carcass, conservador do museu de Roterdão, a sua jovem filha Etamine, o jovem pretendente da filha, Isidore, e o criado para todo o serviço Baptiste. O enredo é simples e divertido, bem ao estilo deste tipo de obra: Van Carcass não autoriza o namoro da filha com Isidore. Este, para se encontrar com ela, mete-se na pele do chimpanzé que Van Carcass aguardava no museu. Uma vez lá dentro, da pele e do museu, as situações cómicas provocadas pelo estratagema de Isidore sucedem-se em catadupa.
Sr. de Chimpanzé ("Monsieur de Chimpanzé") é uma opereta em um acto com libreto de Júlio Verne e música de Aristide Hignard. Foi apresentada pela primeira vez no Théâtre des Bouffes Parisiens, no dia 17 de Fevereiro de 1858, e enquadrava-se perfeitamente na forma e no espírito das óperas cómicas que na época animavam aquela sala parisiense.
As personagens desta opereta são o Dr. Van Carcass, conservador do museu de Roterdão, a sua jovem filha Etamine, o jovem pretendente da filha, Isidore, e o criado para todo o serviço Baptiste. O enredo é simples e divertido, bem ao estilo deste tipo de obra: Van Carcass não autoriza o namoro da filha com Isidore. Este, para se encontrar com ela, mete-se na pele do chimpanzé que Van Carcass aguardava no museu. Uma vez lá dentro, da pele e do museu, as situações cómicas provocadas pelo estratagema de Isidore sucedem-se em catadupa.
Biografias
Os
livros em baixos referidos
estão contidos na obra
Descoberta da
Terra: História das Grandes Viagens e dos Grandes Viajantes.
Tratam-se de capítulos editados em livro.
À
sua época, as navegações de Colombo deviam parecer tão fantásticas
quanto os relatos de Verne. Fascinado pelo navegador, o francês
dedicou-lhe uma
biografia em que especula sobre a perplexidade de se descobrir e
"inventar" um continente.
Esta obra mostra
um outro Júlio Verne, o estudioso, o pesquisador, apaixonado por
História e pelos seus heróis de verdade. Em
"Colombo" ele narra as aventuras do descobridor da América, com direito a
citações do maior poeta da nossa língua, Camões. Como numa reportagem,
sem
diálogos, Verne conta toda a trajectória e peripécias de Colombo num
pouco mais de cem páginas.
Tudo indica que este estudo fosse particular, não para serem publicados na época. Recentemente descobertos, colocou-se a dúvida se teria sido escrito por Júlio ou pelo seu filho Michel, mas ao lermos podemos perceber que o estilo e forma são de Júlio, sendo o Michel muito incompetente para tê-lo escrito.
A verdade é que quase todos os anos se descobre um texto perdido de Verne, uma peça de teatro, uma poesia...
Tudo indica que este estudo fosse particular, não para serem publicados na época. Recentemente descobertos, colocou-se a dúvida se teria sido escrito por Júlio ou pelo seu filho Michel, mas ao lermos podemos perceber que o estilo e forma são de Júlio, sendo o Michel muito incompetente para tê-lo escrito.
A verdade é que quase todos os anos se descobre um texto perdido de Verne, uma peça de teatro, uma poesia...

Em Os Navegadores do séc. XVIII, 3º volume de Descoberta da Terra: História das Grandes Viagens e dos Grandes Viajantes, o autor refere as aventuras daquele que foi o primeiro francês a circum-navegar a Terra, algo que revigorou o prestígio da França após as suas humilhantes derrotas durante a Guerra dos sete anos.
Esta homenagem e referência a Louis-Antoine de Bougainville (1729-1811), que ocupou um inteiro capítulo neste volume, foi traduzida e editada pela Editora Licorne (Portugal) a que juntou ilustrações de Margarida Vala Silva.
Comentar a
obra
A vida e obra de um dos mais fascinantes escritores de todos os tempos. Traduzido em mais de cem línguas, com uma legião de fãs que leram os seus títulos como se de relatos verdadeiros se tratassem, as aventuras e viagens de Júlio Verne marcam gerações de leitores. Descendo às profundezas do mar, viajando por terras desconhecidas, explorando a lua e lugares intocados pelo homem, a obra de Verne alia ficção e ciência. No ano em que se comemora o centenário sobre a sua morte, o Circulo de Leitores editou Júlio Verne – Da Ciência ao Imaginário.
Obras Póstumas
E mais peças de teatro, contos, novelas, ensaios históricos, livros de viagens e até um livro de poesias.
-Michel Strogoff (adaptação, em 1880, do romance homónimo, em colaboração com Adolphe d'Ennery)
Livros sobre Júlio Verne
"Chamo-me...Júlio Verne" de Jordi Cabré
Esse livro é uma biografia disfarçada de "auto-biografia" e começa assim, - «Chamo-me...Júlio Verne. Quem não gostaria de dar um passeio na Lua? O viajar de submarino? Ou fazer uma grande viagem à volta do mundo? Todos nós gostaríamos, vocês e eu próprio. contudo, existe uma diferença importante: vocês podem-no fazer. Eu, por minha vez, tive de o imaginar. Chamo-me Júlio Verne, fui escritor e, para muitos, o inventor da ficção cientifica».
No final, o livro da didáctica editora, inclui um quadro cronológico com os principais acontecimentos da sua vida por décadas e, paralelamente, os principais acontecimentos da história, da Ciência/Tecnologia e das Artes/Cultura.
"Jules Verne - o Espaço Africano Nas Aventuras da Travessia" de Carlos Jorge
«Nunca África é vista , em qualquer dos romances vernianos, como lugar a ser deixado tal como fora encontrado. O espaço selvagem nunca é o lugar ameno de reencontro com a natureza... Para o exercício do herói, é mero lugar de jubilação, uma coutada a usar até a última peça de caça estar viva.»
Onde nasce o encanto da leitura (ingénua) por narrativas de aventuras que têm como matéria principal a revelação de países e territórios outros? Como é que um percurso de conhecimento e de reconhecimento de terras africanas se torna fascinante para o leitor, e não um mero «roteiro» turístico com personagens que percorrem espaços «exóticos»? Para entender a recepção desta representação do espaço, é preciso interrogar os respectivos processos textuais de Júlio Verne. E a resposta deste ensaio é que no genial autor de "Cinco Semanas em Balão" o percurso de escrita é uma progressão de técnicas e artifícios narrativos, também eles merecedores de uma infindável atenção específica.
Este livro, da editora Cosmos, é uma dissertação de Mestrado de Carlos Jorge (Fac. de Letras de Lisboa) sobre Júlio Verne.
No ano em que se comemoraram cem anos sobre a morte do autor, o Círculo de Leitores editou uma obra exclusiva e profusamente ilustrada.
Júlio Verne – Da Ciência ao Imaginário (2005)

Júlio Verne – Da Ciência ao Imaginário é por si uma proposta de viagem. A vida e obra do autor revelam-se afinal uma magnífica aventura através das contradições de uma época de descobertas e dúvidas, ao mesmo tempo que revela a personalidade e turbulenta vida de um dos grandes vultos da literatura mundial.
Após dois anos do seu lançamento, já é possível comprá-lo sem que seja necessário atingir um determinado número de pontos em compras na editora. Aproveitem!
Todas as obras de J. Verne
Aqui está a lista das obras escritas por J. Verne, por ordem de publicação na França:
Cinco Semanas em Balão (1862, 1863)
Viagem ao Centro da Terra (1864, 1864)
Viagens e Aventuras do Capitão Hatteras (1863-64, 1864-65)
Da Terra à Lua (1864-65, 1865)
Os Filhos do Capitão Grant (1865-66, 1865-67)
À Volta da Lua (1868-69, 1869)
20000 Léguas Submarinas (1866-69, 1869-70)
Uma Cidade Flutuante (1869, 1870)
As Aventuras de Três Russos e de Três Ingleses na África Austral (1871-72)
O País das Peles (1871-72, 1872-73)
A Volta ao Mundo em 80 Dias (1872, 1872)
A Ilha Misteriosa (1873-74, 1874-75)
A Chancellor (ou A Galera Chancellor) (1870-74, 1875)
Miguel Strogoff (1874-75, 1876)
As Índias Negras (1876-77, 1877)
Heitor Servadac (1874, 1877)
Um Capitão de 15 Anos (1877-78, 1878)
As Atribulações de Um Chinês na China (1878, 1879)
Os 500 Milhões da Begum (1878, 1879)
A Casa a Vapor (1879, 1880)
A Jangada (1868-69, 1869)
A Escola dos Robinsons (1881, 1882)
O Raio Verde (1881, 1882)
Kéraban, o Cabeçudo (1882, 1883)
Os Piratas do Arquipélago (ou Arquipélago em chamas) (1883, 1884)
A Estrela do Sul (1883, 1884)
Mathias Sandorf (1883-84, 1885)
O Náufrago da "Cynthia" (1884, 1885)
Robur, o Conquistador (1885, 1886)
Um Bilhete de Lotaria (1885, 1886)
Norte Contra Sul (1885-86, 1887)
Dois Anos de Férias (1886-87, 1888)
Família sem Nome (1887-88, 1889)
Fora dos Eixos (ou O Segredo do Maston) (1888, 1889)
César Cascabel (1889, 1890)
A Mulher do Capitão Branican (1890, 1891)
O Castelo dos Cárpatos (1889, 1892)
Claudius Bombarnac (ou A Carteira do Repórter) (1891, 1892)
P'tit Bonhomme (ou O Homenzinho) (1891, 1893)
As Aventuras do Mestre Antifer (1892, 1894)
A Ilha de Hélice (1893, 1895)
Em frente da Bandeira (1894, 1896)
Clovis Dardentor (1895, 1896)
A Esfinge dos Gelos (1895, 1897)
O Soberbo Orenoco (1894, 1898)
O Testamento de um Excêntrico (1897, 1899)
Segunda Pátria (1896, 1900)
A Aldeia Aérea (1896, 1901)
As Histórias de J.-M. Cabidoulin (ou A serpente marinha ) (1899, 1901)
Os Irmãos Kip (1898, 1902)
Cadernos de Viagem (1899, 1903)
Um Drama na Livónia (1893, 1904)
A Invasão do Mar (1902, 1905)
Senhor do Mundo (1902-03, 1905)
Obras Póstumas
(Algumas delas foram modificadas e publicados pelo seu filho, Michel Verne (MV).
Algumas conseguiram ser recuperadas e publicadas com o texto original.)
· A Agência Thompson & Ca. (1907) (1ª parte - JV e 2ª - MV)
· Um Padre em 1839 (1846-47) Publicado em 1992 a versão MV e em 2005 a versão original
· Paris no Século XX (1860-63, 1994)
· O Tio Robinson (1870-71, 1991)
· O Piloto do Danúbio (ou O belo Danúbio amarelo) (1896-97, 1988)
· Os Náufragos do Jonathan (ou En Magellanie) (1896-99, 1987)
· O Vulcão de Ouro (1899-1900) Publicado em 1989 a versão MV e em 2005 a versão original
· Caça ao Meteoro (1901) Publicado em 1986 a versão MV e em 2005 a versão original
· O Segredo de Wilhelm Storitz (1901) Publicado em 1985 a versão MV e em 2005 a versão original
· Caça ao Meteoro (1901) Publicado em 1986 a versão MV e em 2005 a versão original
· O Segredo de Wilhelm Storitz (1901) Publicado em 1985 a versão MV e em 2005 a versão original
· O Farol do Fim do Mundo (1901) Publicado em 1905 a versão MV e em 2005 a versão original
· Viagem de estudos - versão de JV inacabada (A Espantosa Aventura da Missão Barsac - versão completa de MV ) (1903-04, 1993)
E mais peças de teatro, contos, novelas, ensaios históricos, livros de viagens e até um livro de poesias.
Teatro
-La Conspiration des Poudres (1849)
-Drame sous la Régence (1849)
-Les Pailles Rompues (peça em 1 acto, representada a 12 de Junho de 1850)
-Les Savants (peça em 3 actos, 1850)
-Qui me Rit (1850)
-Le Collin-Maillard (opereta em 1 acto, escrita em colaboração com Michel Carré, música de Aristide Hignard,
levada à cena a 20 de Abril de 1853)
-Les Compagnons de la Marjolaine (mimodrama)
-Les Heureux du Jour (peça em 5 actos)
-L'Auberge des Ardennes (opereta)
-M. de Chimpanzé (opereta, com música de Aristide Hignard, representada em 1860)
-Onze Jours de Siège (peça escrita em colaboração com Charles Wallut, levada a cena a 1 de Junho de 1861)
-Un Fils Adoptiv
-Le Tour du Monde (adaptação do romance A Volta ao Mundo em 80 Dias, escrita em colaboração com Adolphe d'Ennery, estreada a 8 de Novembro de 1874 e representada durante dois anos)
-Le Docteur Ox (adaptação, em 1877, da obra com o mesmo título,
sendo a música de Offenbach e o lobreto de Philippe Gille e Arnold Mortier)
-Les Enfants du Capitaine Grant (adaptação, em 1878, do romance com o mesmo título, feita em colaboração com Adolphe d'Ennery)
-Voyage à Travers l'Impossible (1882)
-Mathias Sandorf (peça adaptada do romance, em 1887, por William Busnach e Georges Maurens)
Contos e novelas
· Um drama no México (1850, 1851)
· Um drama nos ares (1851, 1851)
· Martin Paz (1852, 1852)
· Pierre-Jean - versão de JV (O destino Jean Morénas - versão de MV ) (1852) *
Publicado em 1910 a versão MV e em 1988 a versão de JV
· Mestre Zacharius ou O Relojoeiro que perdeu a alma (1853, 1854)
· Uma invernada nos gelos (1853, 1855)
· Le Mariage de Monsieur Anselme des Tilleuls (1855, 1991)
· San Carlos (1856, 1993)
· O cerco a Roma (1859, 1993)
O caminho de França (1860?, 1887)
· O conde de Chanteleine (?, 1864)
· Os violadores do bloqueio (1865, 1865)
· Humbug - A Mistificação ou Mistificação - Costumes Americanos (1867, 1910) Modificado por MV *
· O Doutor Ox (1871, 1871)
· A Revolta da "Bounty" (1879, 1879) Baseado num manuscrito de Gabriel Marcel
· Frritt-Flacc ou Frumm-Flapp (1884, 1884)
· Gil Braltar (1886, 1886)
· Aventuras da família Ratão (1886, 1891)
· O dia de um jornalista americano no ano de 2889 (1888, 1888) Escrito por MV *
· O sr. Ré-Sustenido e a menina Mi-Bemol (1892, 1893)
· O Eterno Adão (?, 1910) Modificado por MV *
* Pertencem à colectânea Ontem e Amanhã
Ensaio, Divulgação, Obras sem ficção e poesia
Poésies Inédites (1847, 1992)
Salon de 1857 (?, 1857)
Viagem à Inglaterra e à Escócia (1859-60, 1989)
Edgar Poe e as suas obras (?, 1864)
Géographie Illustrée de la France et des ses Colonies (?, 1867)
Vinte e quatro minutos em balão (1873, 1873)
40ª. ascensão francesa ao Monte Branco (1874, 1874) Escrito por Paul Verne
Uma cidade ideal (publicado também com o título Amiens en l'An 2000) (?, 1874-75)
De Rotterdam a Copenhague (1881, 1881) Escrito por Paul Verne
Dez horas à caça (1882, 1882)
Chemin de France et de Gibraltar (1887, 1887)
Um expresso do futuro (1888, 1889) Escrito por Michel Verne
Recordações de infância e juventude (1891, 1891)
Descoberta da Terra: História das Grandes Viagens e dos Grandes Viajantes
J. Verne, um grande apreciador de geografia e dos descobrimentos, escreveu, a pedido do editor, uma obra de cunho histórico denominada Descoberta da Terra: História das Grandes Viagens e dos Grandes Viajantes.
Lá, o autor descreve e retrata os principais viajantes que se distinguiram pelas suas expedições, aborda os principais navegadores europeus que foram desbravando os oceanos e assinala aqueles que, acima de tudo,
desbravaram territórios já descobertos mas ainda não colonizados, colaborando para a sua mais exacta demarcação.
Esta obra foi publicada em 4 volumes, tendo tido nos três primeiros a colaboração de Gabriel Marcel, "um dos geógrafos mais competentes do nosso tempo que me ajudou com o seu conhecimento de algumas línguas estrangeiras desconhecidas por mim" (por J. V.).
Lá, o autor descreve e retrata os principais viajantes que se distinguiram pelas suas expedições, aborda os principais navegadores europeus que foram desbravando os oceanos e assinala aqueles que, acima de tudo,
desbravaram territórios já descobertos mas ainda não colonizados, colaborando para a sua mais exacta demarcação.
Esta obra foi publicada em 4 volumes, tendo tido nos três primeiros a colaboração de Gabriel Marcel, "um dos geógrafos mais competentes do nosso tempo que me ajudou com o seu conhecimento de algumas línguas estrangeiras desconhecidas por mim" (por J. V.).
A Descoberta da Terra - 2 Vols. (?, 1870 1º Vol e 1878 2º Vol)
Os Navegadores do Século XVIII (?, 1879)
Os Exploradores do Século XIX (?, 1880)
Recentemente, várias editoras, portuguesas e brasileiras, editaram em livro alguns capítulos da obra mencionada.
Os Conquistadores (?, 1879)
Cristóvão Colombo (?, 1879)
Bougainville (?, 1879)
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Agradeço ao verniano Carlos Patrício a contribuição para esta página através do seu grande conhecimento das obras de J. Verne.
1 comentário:
Parabéns pelo excelente trabalho. Conhecia muito pouco sobre J Verne e fiquei maravilhado com seu blog.
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