Continuação do artigo 'Como Jules Verne conquistou Portugal' cuja 1ª parte foi aqui colocada no dia 14 de Agosto e 2ª parte no dia 26 de Agosto.
3ªParte
Lista de todas as obras editadas
Fica o meu agradecimento a A. J. Ferreira pela autorização da cedência do seu excelente artigo publicado nos nºs 42 a 46 da "Nº13 Informações e Estudos sobre Jornais Infantis. Literatura Popular e Histórias aos Quadradinhos" de Julho a Novembro de 1994, como também a Geraldes Lino que tornou este contacto possível.
Lista de todas as obras editadas
Alguns títulos da lista não foram traduzidos à letra, e o conhecimento do título original, francês, ajudará à mais fácil identificação da obra:
A Galera “Chancellor” – Le “Chancellor”
Os piratas do Arquipélado – L’ Archipel en Feu
A Mulher do Capitão Branican – Mistress Branican
A Carteira do Repórter – Claudios Bombarnac
O Náufrago do “Cynthia”, "Os 500 milhões da Begum" e "A estrela do Sul" são obras de colaboração: J. Verne e André Laurie (pseudónimo de Paschal Grousset, membro do Governo da Comuna de 1871, deportado e evadido da Nova Caledónia).
Alguns dos volumes continham, além do romance titular, outras obras de Jules Verne (ou do seu irmão Paul):
Miguel Strogoff – Um Drama no México
Uma Cidade Flutuante – Os Violadores do Bloqueio
O Dr. Ox – Mestre Zacharius
Um Drama nos Ares
Uma Invernada nos Gelos
Quadragésima Ascensão Francesa ao Monte Branco (por Paul Verne)
A Galera “Chancellor” – Martin Paz
Os 500 milhões da Begum – Os Revoltosos da “Bounty”
A Jangada – De Rotterdam a Copenhague a Bordo do Yacht “Saint-Michel” (por Paul Verne)
O Raio Verde – Dez horas de Caçada
O Caminho da França – Gil Braltar
Ilustradores identificados, por ordem de aparição: De Montaut, E. Bayard, A. De Neuville, J. ferat, Riou, De Beaurepaire, P. Philippoteaux, L. Benett, Schuler, E. Yon, H. Meyer, Crosbie, Gédéon, G. Roux, G. Tiret-Bognet.
A Livraria Bertrand, associada à Editora Íbis[7], publicou, em 1962, na Colecção Histórias, alguns pouco títulos vernianos (A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, Cinco Semanas em Balão, Miguel Strogoff) numa mistura de texto adaptado alternando, direita/esquerda, com páginas de Quadradinhos/BD. A adaptação literária e a disposição especial, eram propriedade da Editorial Bruguera, Espanha.
Surge em 1967 o último empreendimento verniano (até à data) da Livraria Bertrand: a reedição “inteiramente revista”, com capas individualmente distintas, montagem de antigas gravuras a preto-e-branco num fundo de fotografias coloridas actuais, papel brilhante (à semelhança duma edição francesa contemporânea, do Livre de Poche).
As ilustrações são agora 10 ou 8 por volume. Os revisores das traduções não são identificados (mas não conhecemos todos os volumes).
Vêem-se agora, nas listas, 56 ou 57 títulos, em 83 ou 84 volumes, mas tudo se explica: não são dados os títulos das divisões em duas ou três partes; Mathias Sandorf passou de 3 para 2 volumes; Os piratas do Arquipélago também figuram como Arquipélago em chamas; e há títulos “novos”, que não passam das obras de pequeno porte incluídas como contrapesos nos volumes de outros tempos.
Por fim, um título novo, e não listado: A Caça ao meteoro (1978).
Outros editores, sem nada trazerem de novo, exploraram o filão Jules Verne:
1960 – Editorial Aster.
1961 – Edições Fernando Pereira (Livros do Tio João).
1973 – Círculo dos Leitores.
1974 – Editores Associados (livros Unibolso).
1980 – Amigos do Livro.
1980 – Europa-América (Livros de bolso com magníficas capas e ilustrações).
1990 – Livros do Brasil
Em álbuns de Histórias aos Quadradinhos/BD, ou de texto intercalado em grandes ilustrações, várias editoras como por exemplo Editorial Verbo, Porto Editora ou Editorial Pública, publicaram títulos de Jules Verne. Em jornais infantis, não faltaram adaptações do autor francês, em texto e em HQ.
Mas sobre isto falaremos mais detalhadamente numa próxima oportunidade.
Obras de Jules Verne realmente “novas” (fora dos Corazzi-Bertrand) foram publicadas por outros Editores, em livro próprio ou em colectâneas:
Livraria/Editorial Minerva
1932 – Uma invenção diabólica
1936 – A Família Ratão
Editora Arcádia
1971 – Os melhores contos de Júlio Verne contendo: Martin Paz; Um Drama nos Ares; Gil Braltar; Uma campanha de pesca; Aventuras da família Ratão; O Sr. Ré-Sustenido e a menina Mi-Bemol; O Humbug; No século XXIX: O dia de um jornalista americano em 2889.
Edições António Ramos, Lda
1978 – A espantosa aventura da missão Barsac
1978 – Ontem e amanhã, seguido por: O destino de Jean Morenas; A mistificação; No século XXIX: O dia de um jornalista americano em 2889; O eterno Adão
1978 – O segredo de Guilherme Storitz
1979 - Histórias Inesperadas, contendo: Mestre Zacharius ou O relojoeiro que perdeu a alma O conde de Chanteleine Frrit-Flacc Gil Braltar Aventuras da família Ratão
1980 - Antecipações e textos esquecidos, contendo: Crónicas Científicas, Estudos Literários, Declarações e Testemunhos, Impressões e Memórias, Antecipações e Discursos Diversos.
Ficou prometido o lançamento de O Piloto do Danúbio, e em dois volumes, O Homenzinho (P’tit Bonhomme).
Assim foi, em linhas gerais, o roteiro da conquista de Portugal pelo génio literário de J. Verne, que continua, até os dias de hoje, a encantar leitores de diversas gerações de luso-brasileiros".
[7] A Editorial Íbis, por si só, publicou, em 1970, “Os Filhos do Capitão Grant”, na mesma forma mista texto-HQ, mas em pequeno formato.
A Galera “Chancellor” – Le “Chancellor”
Os piratas do Arquipélado – L’ Archipel en Feu
A Mulher do Capitão Branican – Mistress Branican
A Carteira do Repórter – Claudios Bombarnac
O Náufrago do “Cynthia”, "Os 500 milhões da Begum" e "A estrela do Sul" são obras de colaboração: J. Verne e André Laurie (pseudónimo de Paschal Grousset, membro do Governo da Comuna de 1871, deportado e evadido da Nova Caledónia).
Alguns dos volumes continham, além do romance titular, outras obras de Jules Verne (ou do seu irmão Paul):
Miguel Strogoff – Um Drama no México
Uma Cidade Flutuante – Os Violadores do Bloqueio
O Dr. Ox – Mestre Zacharius
Um Drama nos Ares
Uma Invernada nos Gelos
Quadragésima Ascensão Francesa ao Monte Branco (por Paul Verne)
A Galera “Chancellor” – Martin Paz
Os 500 milhões da Begum – Os Revoltosos da “Bounty”
A Jangada – De Rotterdam a Copenhague a Bordo do Yacht “Saint-Michel” (por Paul Verne)
O Raio Verde – Dez horas de Caçada
O Caminho da França – Gil Braltar
Ilustradores identificados, por ordem de aparição: De Montaut, E. Bayard, A. De Neuville, J. ferat, Riou, De Beaurepaire, P. Philippoteaux, L. Benett, Schuler, E. Yon, H. Meyer, Crosbie, Gédéon, G. Roux, G. Tiret-Bognet.
A Livraria Bertrand, associada à Editora Íbis[7], publicou, em 1962, na Colecção Histórias, alguns pouco títulos vernianos (A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, Cinco Semanas em Balão, Miguel Strogoff) numa mistura de texto adaptado alternando, direita/esquerda, com páginas de Quadradinhos/BD. A adaptação literária e a disposição especial, eram propriedade da Editorial Bruguera, Espanha.
Surge em 1967 o último empreendimento verniano (até à data) da Livraria Bertrand: a reedição “inteiramente revista”, com capas individualmente distintas, montagem de antigas gravuras a preto-e-branco num fundo de fotografias coloridas actuais, papel brilhante (à semelhança duma edição francesa contemporânea, do Livre de Poche).
As ilustrações são agora 10 ou 8 por volume. Os revisores das traduções não são identificados (mas não conhecemos todos os volumes).
Vêem-se agora, nas listas, 56 ou 57 títulos, em 83 ou 84 volumes, mas tudo se explica: não são dados os títulos das divisões em duas ou três partes; Mathias Sandorf passou de 3 para 2 volumes; Os piratas do Arquipélago também figuram como Arquipélago em chamas; e há títulos “novos”, que não passam das obras de pequeno porte incluídas como contrapesos nos volumes de outros tempos.
Por fim, um título novo, e não listado: A Caça ao meteoro (1978).
À roda da Lua, edição da Livraria Bertrand
Outros editores, sem nada trazerem de novo, exploraram o filão Jules Verne:
1960 – Editorial Aster.
1961 – Edições Fernando Pereira (Livros do Tio João).
1973 – Círculo dos Leitores.
1974 – Editores Associados (livros Unibolso).
1980 – Amigos do Livro.
1980 – Europa-América (Livros de bolso com magníficas capas e ilustrações).
1990 – Livros do Brasil
Em álbuns de Histórias aos Quadradinhos/BD, ou de texto intercalado em grandes ilustrações, várias editoras como por exemplo Editorial Verbo, Porto Editora ou Editorial Pública, publicaram títulos de Jules Verne. Em jornais infantis, não faltaram adaptações do autor francês, em texto e em HQ.
Mas sobre isto falaremos mais detalhadamente numa próxima oportunidade.
Obras de Jules Verne realmente “novas” (fora dos Corazzi-Bertrand) foram publicadas por outros Editores, em livro próprio ou em colectâneas:
Livraria/Editorial Minerva
1932 – Uma invenção diabólica
1936 – A Família Ratão
Editora Arcádia
1971 – Os melhores contos de Júlio Verne contendo: Martin Paz; Um Drama nos Ares; Gil Braltar; Uma campanha de pesca; Aventuras da família Ratão; O Sr. Ré-Sustenido e a menina Mi-Bemol; O Humbug; No século XXIX: O dia de um jornalista americano em 2889.
Edições António Ramos, Lda
1978 – A espantosa aventura da missão Barsac
1978 – Ontem e amanhã, seguido por: O destino de Jean Morenas; A mistificação; No século XXIX: O dia de um jornalista americano em 2889; O eterno Adão
1978 – O segredo de Guilherme Storitz
1979 - Histórias Inesperadas, contendo: Mestre Zacharius ou O relojoeiro que perdeu a alma O conde de Chanteleine Frrit-Flacc Gil Braltar Aventuras da família Ratão
1980 - Antecipações e textos esquecidos, contendo: Crónicas Científicas, Estudos Literários, Declarações e Testemunhos, Impressões e Memórias, Antecipações e Discursos Diversos.
Ficou prometido o lançamento de O Piloto do Danúbio, e em dois volumes, O Homenzinho (P’tit Bonhomme).
Assim foi, em linhas gerais, o roteiro da conquista de Portugal pelo génio literário de J. Verne, que continua, até os dias de hoje, a encantar leitores de diversas gerações de luso-brasileiros".
[7] A Editorial Íbis, por si só, publicou, em 1970, “Os Filhos do Capitão Grant”, na mesma forma mista texto-HQ, mas em pequeno formato.
FIM
Fica o meu agradecimento a A. J. Ferreira pela autorização da cedência do seu excelente artigo publicado nos nºs 42 a 46 da "Nº13 Informações e Estudos sobre Jornais Infantis. Literatura Popular e Histórias aos Quadradinhos" de Julho a Novembro de 1994, como também a Geraldes Lino que tornou este contacto possível.
2 comentários:
Olá, bom dia!
Deixo aqui um agradecimento pela disponibilização online deste artigo extremamente interessante. É, quanto a mim, um excelente contributo para quem procura ter uma noção da história editorial da obra de Júlio Verne em Portugal. Com ele preenchi algumas lacunas que existiam nas minhas pesquisas!
Obrigado!
Boa Tarde Samuel
A intenção deste artigo foi mesma essa devido às imensas perguntas que recebemos sobre as várias edições de Verne.
Ainda bem que ajudamos!
Cumps
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