2ªParte
Em 28 de Novembro de 1896 morre David Corazzi, que se contava “entre os homens de mais iniciativa em o nosso paíz”… “vitimado por uma lesão cardíaca”.
Acrescentamos que o “sindicado” era dirigido pelos próprios David Corazzi e Justino Roque Gameiro Guedes, que compravam com a mão direita o que vendiam com a esquerda.
Artigo necrológico da revista O Occidente, de 28 de Novembro de 1896, por ocasião do falecimento de David Corazzi, assinado pelo gravador Caetano Alberto.
No ano seguinte,
Sete anos depois, A Companhia Nacional Editora, agora administrada unicamente por Justino Guedes, continuará a publicação da obra de Verne, a partir de “O Castello dos Cárpathos”. Nesta data, também a sua tipografia se encontra no Largo do Conde Barão.
Em 1899, o topo das páginas de rosto da “Grande Edição Popular” tornou-se igual ao da “edição de luxo”: apenas “Viagens Maravilhosas”.
Mas a frase por extenso, “Grande Edição Popular Das Viagens Maravilhosas Aos Mundos Conhecidos e Desconhecidos” reaparecerá (em 1911?).
A numeração (que atingia, por então, o nº 75) correspondia à ordem de primeira publicação dos títulos na “edição de luxo” – com excepção dos quatro primeiros volumes de “As Grandes Viagens e os Grandes Viajantes”, que foram avançados até se juntarem aos dois últimos volumes dessa obra (pois não tinham sido consecutivos).
Na “edição de luxo”, não conhecemos qualquer título posterior a “O Soberbo Orenoco” (nºs 73 e 74).
(Note-se que a publicação de apenas mais três volumes, até ao nº 85, seria por certo insuficiente para abranger o que faltava das “obras completas”, que o catálogo prometia).
Introdução com a promessa de 85 volumes.
A meio dos anos 20, mais propriamente em 1926, entrou em actividade verniana um novo editor, herdeiro das Horas Românticas, da Companhia Nacional Editora, e de A Editora (que afinal fora sempre o mesmo, que se ia transformando): uma complicada associação de associações multinacionais, que melhor se compreenderá vendo a reprodução (abaixo).
Esta associação de Editores, que pouco produziu (e apenas repetindo), imprimia os romances de Jules Verne na tipografia da Empresa do Diário de Notícias, ou na Imprensa Portugal-Brasil.
Uma nova associação luso-brasileira (Livraria Bertrand (Portugal)/Editora Paulo de Azevedo, Lta (Brasil)) reimprimiu algumas obras isoladas, e, em 1956, lançou a reedição “de acordo com a moderna ortografia” de todos os títulos,
Para os jovens leitores de então, teria sido, em tom menor, a repetição do experimentado pelos seus bisavós de 1874.
Na forma, mantém-se as características da Grande Edição Popular de 1886 – com uma nova capa de F. Bento.
Continua...
Sem comentários:
Enviar um comentário