O português professor universitário, comentador, dirigente político e crítico de livros Marcelo Rebelo de Sousa numa conferência de imprensa reafirmou a sua paixão pelos livros citando o autor francês.
"Os livros são essenciais porque podem mudar a vida de uma pessoa. Podem criar, por exemplo, o desejo de conhecer novos países, novos horizontes ou experiências - como os livros de Júlio Verne que também aprofundaram o meu conhecimento da língua francesa..."
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Outra celebridade citou J. Verne. Desta vez foi o próprio J. J. Benitez, autor da única biografia do autor em português.
Numa longa entrevista deixa-se apenas as perguntas/respostas onde o autor francês foi citado:
Bem, minha impressão é que o senhor tem livros que são claramente jornalísticos, verdadeiras reportagens, e outros em que existe a ficção, o trabalho imaginativo pessoal.
* J. J. BENÍTEZ: Todos os meus livros são puro jornalismo.
Mas há alguns que não podem ser considerados jornalismo, como a série Operação Cavalo de Tróia, Eu, Júlio Verne, O Testamento de São João.
* J. J. BENÍTEZ: É tudo jornalismo, pesquisa. Eu nunca inventei nada.
Vamos falar agora de outros livros seus. Por exemplo, O Testamento de São João. Parece uma canalização, uma obra de mediunidade, uma psicografia, para usar a palavra dos espíritas.
* J. J. BENÍTEZ: Ninguém conhece a história de O Testamento de São João. Vou contá-la a você pela primeira vez. Pediram para escrever uma espécie de "autobiografia "de um personagem qualquer. Pensei em Júlio Verne, que é um grande mestre para mim. Quando tentei escrever a biografia de Júlio Verne, não consegui. Então, misteriosamente, começaram a chegar-me informações sobre São João. Comecei a escrever sem saber o que estava escrevendo. Fiquei dias fechado no quarto, completamente enlouquecido, no bom sentido, sem controle, sem comer, quase sem dormir, até que terminei O Testamento de São João. Quando o li, pensei que não era meu.
Outro livro sobre o qual gostaria de falar é Eu, Júlio Verne. Esse livro parece que aborda algo como reencarnação.
* J. J. BENÍTEZ: Bem, eu não acredito em reencarnação. Tenho dúvidas. Depois de ter escrito O Testamento de São João, passado algum tempo, pensei: agora posso escrever uma "autobiografia" de Júlio Verne. Estive investigando oito meses. Fui até onde pude chegar. Fiquei muito surpreso, pois havia aspectos da vida pessoal e profissional de Júlio Verne que eram bastante parecidos com os meus. Não eram iguais, eram parecidos. Nesse trabalho, também senti a proximidade de uma força, ou de um espírito que poderia ser ele. Lembrava-me muito, nesses momentos, de Gasparetto, o médium brasileiro. Porque ele, quando pinta, diz que sente os mestres pintores perto dele. Aqui há algo muito curioso, que me chamou a atenção. É uma frase de Verne. Em uma de suas cartas, ele diz, quase já em 1905, quando morreu: cheguei tarde para essas luzes que vêem no céu e para Jesus de Nazaré. Referia-se à onda de OVNIs de 1897 nos Estados Unidos.
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Deixo para ultimo, uma recente citação a Júlio Verne do Excelentíssimo Presidente da República de Portugal, Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva, que numa visita ao Centro Ciência Viva do Alviela, em Alcanena, teve a oportunidade de conhecer o Carsoscópio. Para além de acreditar que «vai ser um sucesso», não escondeu a satisfação por ter experimentado a «adrenalina» proporcionada por tecnologia 100 por cento portuguesa:
«Foi como sentir a adrenalina sentado no sofá. Faz lembrar as viagens de Júlio Verne. É uma criação virtual extraordinária..."
Tudo indica que o nosso presidente terá sido um leitor das obras do autor francês.
1 comentário:
Quando um livro de Júlio Verne lhe cái às mãos, você pode até não gostar, mas jamais será indiferente a ele.
Qualquer de nós que faça uma breve pesquisa vai se espantar com a quantidade de sábios, filósofos, autores célebres e até chefes de Estado, como o culto Cavaco Silva, que confessam a influência positiva que as obras de Verne exerceram em sua vida e visão do mundo.
Num apêndice do citado livro de Benitez ("Eu, Júlio Verne"), há páginas e mais páginas de frases, citações, referências e sinceros agradecimentos ao autor, vindos de personalidades como Leon Tolstói, Maximo Gorki, Salvador Dali, Yuri Gagárin, Jean Cocteau e Ray Bradbury, entre outros.
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