Finalmente foi possível visitar a capital do país do nosso escritor, a cidade-luz, Paris.
A Torre Eiffel, a maior atracção turística de Paris, é uma torre treliça de ferro do século XIX com 324 metros localizada no Champ de Mars, que se tornou um ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas no mundo. Nomeada após o seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel, a torre foi construída como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889.
Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o posto para o Chrysler Building, em Nova York, Estados Unidos.
Infelizmente, J. Verne, devido à sua idade avançada na altura, não viu a Torre Eiffel concluída.
No segundo piso, a 125 metros de altitude está localizado o Restaurant Jules Verne, considerado o restaurante mais romântico de Paris graças à espectacular vista para o centro da cidade:
Falemos agora um pouco da vida juvenil do escritor antes das seguintes fotos.
No início dos anos de 1850, Verne instalou-se em Paris para terminar os seus estudos de Direito apesar de saber que gostaria de ser escritor e não jurista. Esperando que as suas poesias lhe dessem glória e fortuna, Júlio aproveitou o máximo da vida parisiense, na medida que a modesta pensão paterna lhe permitia. Para fazer face às dificuldades de um jovem que objectivava a carreira literária – frequentar os salões e adquirir uma colecção de livros – Júlio começou a publicar os seus primeiros textos no periódico Musée des familles, dirigido por Pierre-Chevalier.
Júlio Verne, considerado um autor dramático aos 17 anos, escreveu dramas românticos inspirados em Victor Hugo, mas foi com vaudeville e operetas que ele obteve os primeiros sucessos no teatro. Em 1850, graças a Alexandre Dumas, a sua primeira peça, Les Pailles Rompues (Contratos Rompidos), foi apresentada em Paris no Theatre Lyrique, no Châtelet, do qual se tornou mais tarde secretário:
É o teatro sua primeira vocação. Assim como os seus romances, Júlio Verne deve ao teatro a sua glória e fortuna que o imortalizou durante a sua vida e o faria muito conhecido, mais tarde, pela mão dos cineastas após a sua morte.
Mais tarde, começou a escrever o romance Voyage en l’air.
Entusiasmado por esta obra, o editor Pierre-Jules Hetzel - mais tarde, amigo e conselheiro – aceitou publicá-lo com a condição que o título fosse substituído por Cinq semaines en ballon (Cinco semanas em balão) .
O contrato desse livro foi assinado em 23 de Outubro de 1862 nos escritórios da editora Hetzel na rua Jacob, nº18, em Paris:
A referência de Verne em Paris não se fica só pela cidade.
Nas redondezas, a 32km do centro da cidade, encontra-se a Disneyland Paris, um dos principais parques temáticos da Disney no Mundo.
Lá, e citando o meu amigo Carlos Patrício, existe o "departamento J. Verne" com a atracção Space Mountain que pretende simular o disparo e a viagem que os nossos heróis do Gun Club experimentaram na obra verniana "Da Terra à Lua". Digo-vos que só lá entrei e viajei devido à referência a Verne pois aquilo que eu imaginava concretizou-se. Fiquei totalmente enjoado.
Junto à simulação encontra-se, para mim, a maior pérola do parque. Uma réplica do submarino Nautilus utilizado no filme de grande sucesso de 1954, "20.000 Léguas Submarinas":
Para minha surpresa, ao lado encontra-se uma entrada para uma suposta visita ao interior deste monstro de aço. Muito interessante ver o ataque da lula gigante ao submarino, a sala das máquinas, o quarto do Cap. Nemo, os seus mapas,...
Sem dúvida, uma viagem inesquecível!
4 comentários:
Fantástico! Deve ter sido uma experiência maravilhosa para ti, Frederico. Eu também quero ir! Mais uma razão para visitar Paris, que surge aos meus olhos como um destino obrigatório! Além de Nantes e Amiens, naturalmente!
Obrigado pela partilha!
Deve ter sido uma viagem e peras, principalmente a parte em que enjoaste. ;) Que estavas à espera ao ser disparado numa bala de canhão?? Chegaste a ver a 2a lua da Terra?
Obrigado pela viagem que também a nós nos proporcionaste
Luis, desde que senti sair descontroladamente da suposta "Terra" em direcção à Lua, fechei os olhos e rezei para acabar depressa. É claro que este rezar foi mental pois da minha boca só saíam berros de desespero.
E, portanto, não posso confirmar a presença da 2ª Lua à volta da Terra mas eu não tenho razões para duvidar do amigo Barbicane;)
Fiquei maravilhada com esta postagem, pois você consegue um fio condutor perfeito entre a viagem feita à Paris e uma parte da vida e carreira de Júlio Verne. Parabéns pelo post.
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