Comissão de Frente balança o público
A coreógrafa Luciana Yegros comandou a comissão de frente. Foram 15 integrantes e todos homens. "Viajantes" foi o nome da fantasia. Os 15 componentes trajados de viajantes utilizaram-se de livros, dando "asas à imaginação". No primeiro módulo, a apresentação encantou os jurados. Os componentes surpreenderam aos apresentar origames, como aviões e barcos de papel. O público aplaudiu de pé. A Comissão manteve o nível no segundo e terceiro módulos e, mais uma vez, balançou as arquibancadas, com coreografias variadas.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira foi formado por Alex e Mara Rosa, que vieram vestidos de "Europa". A fantasia do Mestre-Sala retratou um soldado da Guarda Real Inglesa; e o traje da Porta-Bandeira fez uma alusão à Europa, trazendo o mapa mundi em sua saia para retratar o interesse do Velho Continente pela exploração geográfica do planeta. No primeiro módulo, o casal mostrou segurança e cumpriu seu papel sem nenhum problema. Nos demais, também não comprometeu.
Destaque não desfila e reclama
"A Máquina Criativa" foi o nome do carro abre-alas. A alegoria trouxe um misto de máquinas incríveis, unindo partes das invenções descritas em seus livros, formando um único aparelho fantástico. O segundo carro alegórico recebeu o nome de "Delírio Aventureiro". A alegoria reproduziu as ilustrações de carácter aventureiro de animais e lugares considerados exóticos pela Europa.
Ao entrar, este carro foi impedido de desfilar com seu destaque principal para evitar um buraco na escola, já que a diferença para a ala anterior era grande.
A escola apresentou um tripé chamado "Lua", que apareceu no terceiro setor e fez homenagem aos romances de viagens espaciais. Outro tripé recebeu o nome de "Vulcão". O tripé compôs visualmente, com o conjunto de fantasias à sua frente e com a ala da bateria em seguida, a homenagem ao romance "Viagem ao Centro da Terra".
Escola é saudada aos gritos
"O Desconhecido" foi o nome da terceira alegoria. O carro, dividido ao meio, trazia na parte frontal uma alusão ao mar e às suas profundezas. Na parte posterior, uma referência à Floresta Amazónica retratada no romance "A Jangada - Oitocentas Léguas pelo Amazonas". A quarta alegoria foi dominada por tons claros para lembrar o ar. Na parte frontal, uma representação dos livros de Júlio Verne lidos por Santos Dumont, que foram "sobrevoados" por uma réplica de seu aparelho voador. Por fim, o quinto carro foi batizado de "Cidade Maravilhosa".
A fantasia da ala das baianas representou "A Máquina Voadora", com suas asas de aspecto metálico e traje inspirado nas engenhocas voadoras inventadas por Júlio Verne em seus livros. O grupo de passistas desfilou com a fantasia que significava "Seres Marinhos", enquanto a Velha Guarda entrou na Avenida trajada de "Monsieur Dumont".
A bateria da União da Ilha entrou na Sapucaí como "Exploradores do Centro da Terra", lembrando o romance "Viagem ao Centro da Terra". Comandada por mestre Riquinho, a bateria teve 250 ritmistas e Bruna Bruno como rainha de bateria. No primeiro módulo, a bateria levantou as arquibancadas e causou euforia. Na frente do segundo módulo, uma surpresa: os integrantes largaram os instrumentos durante todo o refrão do samba-enredo. Eles retornaram, e em harmonia, continuaram a música.
A União da Ilha correu um pouco para terminar o desfile, mas terminou com 59 minutos no cronómetro. Os últimos setores da Sapucaí saudaram a escola aos gritos de "É campeã!".
Texto: SRDZ
Fotos: FMODIA
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