domingo, 22 de fevereiro de 2009

J. Verne é mestre também no Carnaval

Comandada por Mestre Riquinho, a bateria da União da Ilha deu um verdadeiro show no desfile da escola pelo Grupo de Acesso A. Nas apresentações para os módulos dos julgadores, os ritmistas fizeram paradinhas que duravam todo o refrão do samba-enredo. Isso levantou as arquibancadas. Sexta escola a desfilar na noite deste sábado, a União da Ilha foi até agora a agremiação que mais contagiou o público.

Comissão de Frente balança o público

A coreógrafa Luciana Yegros comandou a comissão de frente. Foram 15 integrantes e todos homens. "Viajantes" foi o nome da fantasia. Os 15 componentes trajados de viajantes utilizaram-se de livros, dando "asas à imaginação". No primeiro módulo, a apresentação encantou os jurados. Os componentes surpreenderam aos apresentar origames, como aviões e barcos de papel. O público aplaudiu de pé. A Comissão manteve o nível no segundo e terceiro módulos e, mais uma vez, balançou as arquibancadas, com coreografias variadas.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira foi formado por Alex e Mara Rosa, que vieram vestidos de "Europa". A fantasia do Mestre-Sala retratou um soldado da Guarda Real Inglesa; e o traje da Porta-Bandeira fez uma alusão à Europa, trazendo o mapa mundi em sua saia para retratar o interesse do Velho Continente pela exploração geográfica do planeta. No primeiro módulo, o casal mostrou segurança e cumpriu seu papel sem nenhum problema. Nos demais, também não comprometeu.




Destaque não desfila e reclama


"A Máquina Criativa" foi o nome do carro abre-alas. A alegoria trouxe um misto de máquinas incríveis, unindo partes das invenções descritas em seus livros, formando um único aparelho fantástico. O segundo carro alegórico recebeu o nome de "Delírio Aventureiro". A alegoria reproduziu as ilustrações de carácter aventureiro de animais e lugares considerados exóticos pela Europa.

Ao entrar, este carro foi impedido de desfilar com seu destaque principal para evitar um buraco na escola, já que a diferença para a ala anterior era grande.

A escola apresentou um tripé chamado "Lua", que apareceu no terceiro setor e fez homenagem aos romances de viagens espaciais. Outro tripé recebeu o nome de "Vulcão". O tripé compôs visualmente, com o conjunto de fantasias à sua frente e com a ala da bateria em seguida, a homenagem ao romance "Viagem ao Centro da Terra".




Escola é saudada aos gritos


"O Desconhecido" foi o nome da terceira alegoria. O carro, dividido ao meio, trazia na parte frontal uma alusão ao mar e às suas profundezas. Na parte posterior, uma referência à Floresta Amazónica retratada no romance "A Jangada - Oitocentas Léguas pelo Amazonas". A quarta alegoria foi dominada por tons claros para lembrar o ar. Na parte frontal, uma representação dos livros de Júlio Verne lidos por Santos Dumont, que foram "sobrevoados" por uma réplica de seu aparelho voador. Por fim, o quinto carro foi batizado de "Cidade Maravilhosa".

A fantasia da ala das baianas representou "A Máquina Voadora", com suas asas de aspecto metálico e traje inspirado nas engenhocas voadoras inventadas por Júlio Verne em seus livros. O grupo de passistas desfilou com a fantasia que significava "Seres Marinhos", enquanto a Velha Guarda entrou na Avenida trajada de "Monsieur Dumont".

A bateria da União da Ilha entrou na Sapucaí como "Exploradores do Centro da Terra", lembrando o romance "Viagem ao Centro da Terra". Comandada por mestre Riquinho, a bateria teve 250 ritmistas e Bruna Bruno como rainha de bateria. No primeiro módulo, a bateria levantou as arquibancadas e causou euforia. Na frente do segundo módulo, uma surpresa: os integrantes largaram os instrumentos durante todo o refrão do samba-enredo. Eles retornaram, e em harmonia, continuaram a música.



A União da Ilha correu um pouco para terminar o desfile, mas terminou com 59 minutos no cronómetro. Os últimos setores da Sapucaí saudaram a escola aos gritos de "É campeã!".



Texto: SRDZ
Fotos: FMODIA
Veja aqui fotos diretas da TV.

Sem comentários: