O conto, recontado em cordel (ou folheto), tem adaptação de Costa Senna e foi editado pela Ed. Nova Alexandria (Brasil).
Abaixo, as primeiras estrofes deste que promete ser mais um sucesso dentro da vitoriosa coleção:
Final de mil e oitocentos
Do ano sessenta e três,
Começava essa história,
Maio, era este o mês.
E esta vai acorrentar
A atenção de vocês.
Na velha Rua do Rei,
Casa número dezenove,
Em Hamburgo, na Alemanha,
A idéia se desenvolve
E, só no final do livro,
É que tudo se resolve.
Ao cientista Lidenbrock
Esta casa pertencia.
Este voltou apressado,
O porquê ninguém sabia.
Vamos tentar descobrir
O que meu tio sentia.
— Muito cedo pra jantar,
A boa Marta falou.
– Axel, se entenda com ele,
Veja o que o transtornou.
Aquela mulher amável
Assim me aconselhou.
Ele entrou no gabinete,
Gritou: — Axel, pode entrar!
Eu fiquei paralisado,
Sem jeito de caminhar.
Ele gritou novamente:
— Tenho algo a lhe mostrar!
Entrei, ele disse: — Veja
Que inestimável tesouro!
Com alegria falava:
— Isto vale mais que ouro!
Era um livro muito antigo,
Coberto com velho couro.
Meu tio, entre as funções
Que com orgulho exercia,
Era mestre em várias áreas
E em mineralogia
Era grande referência
Nos estudos que fazia.
(...)
Deixo o blog pessoal da ilustradora: Titisilustradora.blogspot.com
4 comentários:
O cordel é um tipo de literatura popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem aí de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes.
No Nordeste do Brasil, herdamos o nome e a tradição do barbante. Esse aí parece ser um tipo de cordel um pouco mais sofisticado, mas ainda assim muito interessante. Ainda mas que, pelos desenhos, será uma versão bastante fiel à obra original. Vou procurar nas livrarias e ver se encontro.
Boa dica (mais uma), Fred!
Muito obrigado Carlos pela explicação.
Realmente a expressão 'recontado em cordel' é algo que em Portugal desconhecemos.
Foi extremamente útil a sua explicação.
Oi queridos,
Eu sou Cris Carnelós e tive a honra de ser convidada pela Ed. Nova Alexandria para ilustrar a adaptação para Cordel que o poeta Costa Senna fez desta obra de J. Verne. Foi um grande prazer realizar este trabalho. Este livro terá lançamento em 2009. Esta capa sofrerá alguma alteração. Tão logo esteja pronto, voltarei aqui para divulgá-la.
Ele faz parte de uma coleção de clássicos da literatura mundial, recontados em cordel. Os ilustradores buscaram semelhança com a xilogravura, técnica utilizada para ilustrar os cordéis.
Existem muitas boas fontes de informação sobre cordel. Para quem quiser conhecer: http://www.ablc.com.br/
No site da Editora Nova Alexandria estão os clássicos que já foram lançados. http://www.novaalexandria.com.br/home.php
Frederico,
Parabéns pelo seu blog! Gostei muito.
Um grade abraço a todos e obrigada!
Oi Carlos,
este livro terá lançamento em 2009. Se quiser acompanhar os lançamentos da Ed. Nova Alexandria, dê uma olhada no site: http://www.novaalexandria.com.br/home.php
Obrigada pela visita e pelo elogio. Não consegui acessar seu blog.
Um abraço
Cris
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