sábado, 9 de junho de 2007

Cimetiére de la Madeleine


Perante o meu pouco sono, devido com certeza à importância da visita ao túmulo, fiz-me à estrada, junto com o meu pai, bem cedo com a esperança de aproveitar bem a manhã no “Cimetière de la Madeleine”. Dois dias antes, ainda em casa, procedi aos cálculos da distância entre o hotel e o cemitério através do programa “Google Earth”. Obtive 2,34km e pensei que poderia fazê-los facilmente a pé. Não poderia estar mais enganado. Sem exagerar, andamos à volta de 10km. Durante o trajecto lembrei-me que procedi, no programa, à medição da distância em linha recta e não seguindo a estrada como deveria ser. Aprendi a lição pois no regresso viemos de bus.

O cemitério, o maior que já entrei, tem 500m de comprimento por 350m de largura. Passando os primeiros 250m cheguei finalmente à porta principal. Com o coração a bater cada vez mais depressa, entrei no cemitério. Optando por um caminho lateral devido à passagem de um carro (pela primeira vez entrei num cemitério onde é possível os visitantes se deslocarem de carro no seu interior) fui lentamente apreciando, com um pouco de nervosismo, as magníficas sepulturas dos séc. XVIII e XIX (a maioria abandonadas dando um ar muito assustador). Chegando a uma intercepção com outra via, segui em frente até que ao longe reparei num homem de mármore de braço esticado a tentar sair da sepultura. Se o meu coração já batia depressa, imagine-se agora! Com um passo agora largo, aproximei-me do túmulo do mestre Júlio Verne. Tinha conseguido! Estava perante o meu mestre.
Sem querer pisar o seu túmulo, estiquei-me e apertando a sua mão com imensa força, disse-lhe: Obrigado!

Tirei imensas fotografias, filmei e até trouxe um pouco de "terra sagrada” junto à sepultura (devido a este bocado de terra, fui revistado no aeroporto pois pensavam que era algum traficante que transportava alguma substância perigosa, mas lá consegui passar sem problema com a minha "terra sagrada" – um episódio curioso). Durante a minha tentativa de recolha de alguma terra (muito difícil pois o terreno é muito duro) reparei no nome quase apagado de sua mulher, Honorine, que também lá se encontra sepultada. Penso que o deveriam realçar pois foi uma pessoa bastante importante na vida do escritor.
Foi realmente um momento emocionante e espero um dia voltar a repeti-lo.

Mais o meu dia ainda não tinha acabado...

2 comentários:

Anónimo disse...

esse saite em muito legal eu pressizei de um trabalho i nele eu fix o trabalho todo.

Mister X disse...

"[...] reparei no nome quase apagado de sua mulher, Hermione [...]". Herminone? Não seria Honorine?