Pelo menos, é isso acham grupos esotéricos, "iluminados", os xamãs e os procuradores de OVNIs que afirmam que as cavernas da montanha são a «garagem» de várias naves espaciais e que será aqui que o Santo Graal e o tesouro dos Templários esperam ser descobertos. A questão é que isso, até recentemente, tinha tons coloridos, mas agora reverte um problema para os pacíficos habitantes da vila do sul da França.
Na verdade, é uma prestigiada área de sossego rural, de bons vinhos, água limpa,... tendo o turismo especializado se tornado na sua principal fonte de riqueza. Mas os residentes Bugarach não estão felizes com tantos visitantes "estranhos".
Uma vez que estamos em festa de Natal, e próximos do dia 21 de dezembro, a vila começa a ser procurada por estes "turistas diferentes", cheios de encantos, pedras místicas e jóias. "Não há OVNIs nem enigmas aqui somos apenas uma vila tranquila. O sinal de Bugarach à entrada da aldeia já foi roubado pela terceira vez, isso custa muito dinheiro", conta o presidente da autarquia, Jean-Pierre Delord, em entrevista ao jornal The Guardian. O responsável revela ainda que muitas são as pedras retiradas do local e vendidas na Internet como talismãs. "A aldeia sempre atraiu pessoas com convicções esotéricas, eles vinham cá antes e virão cá depois, mas isto é algo completamente diferente", explica.
Apesar das declarações e advertências que tomarão caso esteja danificada a convivência no lugar, cada dia são ouvidas mais línguas estrangeiras em Bugarach.
Mas é por temer tentativas de suicídio coletivo ou multidões descontroladas que as autoridades acederam ao pedido do autarca local e ordenaram o fecho das estradas e limitaram o acesso à aldeia aos habitantes de Bugarach. Mais de 100 operacionais, entre polícias e bombeiros, foram também destacados para proteger o «paraíso», que, no entanto, já não vai a tempo de se livrar da especulação comercial. Na Internet, é possível encontrar quem peça mais de dois mil euros pela instalação de tendas na floresta próxima ou quem alugue um «bunker» por 25 mil euros.
A verdade é que J. Verne referiu várias vezes esta vila nas viagens subterrâneas de Viagem ao Centro da Terra e As Índias Negras e em O Castelo dos Cárpatos, e a sua marca de imaginação adicionou um pouco de mística em torno da curiosa montanha, chamada por alguns como A Montanha Mágica.
Além disso, a montanha serviu de inspiração para a toca de Robur em Senhor do Mundo e a localidade deu nome a um dos seus mais curiosos personagens, Capitão Bugarach em Clovis Dardentor (Michel Lamy defende no seu livro, The Secret Message of Jules Verne, que nesta obra, Jules Verne, suposto iniciado nas ordens maçónicas e nas sociedades Rosa-cruz, terá escondido uma mensagem secreta em código. Essa mensagem, de acordo com Lamy, apenas descodificada pelos neófitos, revela a chave do mistério que envolve o fabuloso tesouro de Rennes-le-Château).
Uma equipa do programa espanhol, Cuarto Milenio, que já havia feito um programa sobre J. Verne, viajou para o sul de França, e visitou o tão falado local onde registou alguns testemunhos. Como seria de esperar, o escritor francês é novamente referido. Em castelhano:
3 comentários:
Quanta baboseira!!! E tem gente que acredita mesmo nessa balela de "final do mundo"?! Júlio Verne era um excelente escritor, mas de ficção. Deve estar se removendo no túmulo diante de tanto besteirol dito em nome se sua excelente ficção. Até parece que, se a Terra explodir, indo pelos ares, apenas um vilarejozinho francês, por mais charmoso que seja, irá sobreviver. Ah mon Dieu, la question de l'existence humaine, et de sa place dans le monde: à tout ce beau monde, je dis merde!
Acho que deveriam ter feito um artigo sobre o fim de mundo nas obras de Júlio Verne.
Eu me lembrei de Heitor Sarvadac e "O Eterno Adão", textos que tratam do tema.
Caro galassi, o nosso blog está disponível à publicação de artigos de quem nos visita. Basta envia-los para jvernept@gmail.com para aprovação.
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