sábado, 30 de janeiro de 2010

'A extraordinária viagem de J. Verne' na TV Cultura

Segue o documentário A extraordinária viagem de Júlio Verne, levado ao ar pela TV Cultura (Brasil), no programa Cultura Mundo, exibido dia 4 de Novembro do passado ano, que nos fala das fantásticas profecias que este visionário vaticinou. Muitas das tecnologias que o próprio Verne imaginou estão hoje em dia nas nossas vidas.

Foi precursor da ficção-científica e da moderna novela de aventuras. Foi um estudioso da ciência e da tecnologia da sua época, o que —unido à sua grande imaginação e à capacidade de antecipação lógica— o permitiu adiantar-se ao seu tempo, descrevendo entre outras coisas os submarinos (o «Nautilus» do capitão Nemo, da sua famosa Vinte mil léguas submarinas), o helicóptero (um iate que tem na extremidade dos seus mastros hélices que o sustentam, em Robur o conquistador).

Os seus personagens sempre foram heróis e homens socialmente ricos. Perante um Verne conservador imposto pelo seu editor Hetzel e pela sua educação como filho de um advogado católico e de um tempo em que o antigo regime cambaleava, não é de estranhar a sua inicial defesa do statu quo, postura que com o tempo se irá modificando até dar lugar a concepções radicalmente opostas às sugeridas nas suas primeiras páginas, favoráveis aos seus contactos com círculos socialistas e anarquistas. O Verne revolucionario deixa-se ver numa das suas obras menos difundidas, quiçá pela sua simpatia pela causa revolucionaria, Matías Sandorf (1885), donde narra a experiência de um rebelde perante a tirania austro-húngara.

Participam nos comentários Gavin Scott, o director de The secret adventures of Jules Verne, o escritor de ficção-científica Bruce Sterling, Jean Jules Verne, tetraneto do autor, entre outros como o Dr. David Morrison da NASA e o cientista John Hunter.

Vejam:















sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

À memória de Honorine

Volker Dehs no Portail Jules Verne e Jean Passepartout no seu Jules Verne News lembraram muito bem que hoje, dia 29 de Janeiro, fazem precisamente 100 anos que Honorine de Viane (1829-1910) se juntou ao seu marido, Jules, no Cemitério de La Madeleine em Amiens (França).

Honorine, viúva e com duas filhas de um anterior casamento, Valentine e Suzanne, de cinco e quatro anos respectivamente, casou-se em 1857 com J. Verne tendo tido apenas um filho, Michel.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Aonde é que já vi isto?

Encontra-se mesmo no nosso planeta, mais precisamente no México. Uma gruta com gigantes formações de cristais no seu interior:



Mais uma vez Verne tinha razão...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Peça inédita de J. Verne estreia em Coimbra (Actualização)

Volta a cena o Sr. de Chimpanzé, de Júlio Verne, no Museu de Ciência de Coimbra nos próximos dias 28 e 29 de Janeiro às 21h30.

A entrada é livre.

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Cientistas ao Palco é um projeto,
no âmbito da Noite dos Investigadores, uma iniciativa da união europeia, que tem como objetivo aproximar os investigadores/cientistas do público em geral.
Este ano, a proposta portuguesa que envolve quatro cidades portuguesas, Porto, Lisboa, Faro e Coimbra, irá decorrer em simultâneo em várias cidades europeias no dia 25 de Setembro.


Em Coimbra, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra cuja entrada será livre, cientistas e alguns atores irão a cena com “Sr. de Chimpanzé” de Júlio Verne.

Verne, enquanto autor teatral, não é muito conhecido da maioria das pessoas. No entanto a sua obra neste campo é algo extensa: 5 dramas históricos, 18 comédias e vaudevilles, 8 libretos para óperas-cómicas e operetas e 7 peças escritas a partir do conjunto das suas “Viagens Extraordinárias”. Ou seja, um total de 38 peças.

Sr. de Chimpanzé (“Monsieur de Chimpanzé”), escrita em 1957 com Michel Carré, é uma opereta num ato com libreto de Júlio Verne e música de Aristide Hignard. Foi apresentada pela primeira vez no Théâtre des Bouffes Parisiens, no dia 17 de Fevereiro de 1858, e enquadrava-se perfeitamente na forma e no espírito das óperas cómicas que na época animavam aquela sala parisiense. Foi a cena 13 vezes em 1858 e 3 vezes em 1859. Publicada no Bulletin de la Société Jules Verne, número 57, 1981, páginas 13-32. Prólogo e notas de Robert Pourvoyeur.

As personagens desta opereta são o Dr. Van Carcass, conservador do museu de Roterdão, a sua jovem filha Etamine, o jovem pretendente da filha, Isidore, e o criado para todo o serviço Baptiste. O enredo é simples e divertido, bem ao estilo deste tipo de obra: Van Carcass não autoriza o namoro da filha com Isidore. Este, para se encontrar com ela, mete-se na pele do chimpanzé que Van Carcass aguardava no museu. Uma vez lá dentro, da pele e do museu, as situações cómicas provocadas pelo estratagema de Isidore sucedem-se em catadupa.

A distância a que hoje estamos do momento em que a peça foi criada abre uma série de possíveis novas interpretações para determinadas situações que ali sucedem, como por exemplo no que se refere ao parentesco entre o homem e o chimpanzé ou os macacos, ou à relação existente entre patrão e criado que ali sugere uma especiação social que é comicamente acentuada pelas constantes invocações de Baptiste das suas origens aristocráticas espanholas.

Apesar de esta obra ter sido escrita cerca de dois anos antes da publicação de “A Origem das Espécies” de Charles Darwin, é pouco provável que Júlio Verne tivesse tido na altura conhecimento da teoria da evolução das espécies do naturalista inglês. Isto não nos impede, no entanto, - aliás quase somos compelidos – a apreciar esta peça com as ideias de Darwin a pairar na nossa cabeça.

Poderão dar um salto também ao site marioneteatro.com que irá ser atualizado à medida que o projeto se for definindo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ciência e Ficção - Da Terra à Lua

O projecto Quark! e o Centro Ciência viva Rómulo de Carvalho (edifício do Departamento de Física - Universidade de Coimbra (Portugal)) levam a cabo a iniciativa "Ciência e Ficção". Uma sexta-feira por mês, no Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho, haverá debate com convidados, à volta de livros de ficção científica e da ciência que estes encerram.

Para a sessão do dia 29 do corrente mês, a obra escolhida é "Da Terra à Lua", obra visionária de Júlio Verne, escrita em 1865, cento e quatro anos antes da chegada do Homem à Lua.

A sessão inicia-se às 21.15h e a apresentação estará a cargo de Maria Luísa Malato.