Foi precursor da ficção-científica e da moderna novela de aventuras. Foi um estudioso da ciência e da tecnologia da sua época, o que —unido à sua grande imaginação e à capacidade de antecipação lógica— o permitiu adiantar-se ao seu tempo, descrevendo entre outras coisas os submarinos (o «Nautilus» do capitão Nemo, da sua famosa Vinte mil léguas submarinas), o helicóptero (um iate que tem na extremidade dos seus mastros hélices que o sustentam, em Robur o conquistador).
Os seus personagens sempre foram heróis e homens socialmente ricos. Perante um Verne conservador imposto pelo seu editor Hetzel e pela sua educação como filho de um advogado católico e de um tempo em que o antigo regime cambaleava, não é de estranhar a sua inicial defesa do statu quo, postura que com o tempo se irá modificando até dar lugar a concepções radicalmente opostas às sugeridas nas suas primeiras páginas, favoráveis aos seus contactos com círculos socialistas e anarquistas. O Verne revolucionario deixa-se ver numa das suas obras menos difundidas, quiçá pela sua simpatia pela causa revolucionaria, Matías Sandorf (1885), donde narra a experiência de um rebelde perante a tirania austro-húngara.
Participam nos comentários Gavin Scott, o director de The secret adventures of Jules Verne, o escritor de ficção-científica Bruce Sterling, Jean Jules Verne, tetraneto do autor, entre outros como o Dr. David Morrison da NASA e o cientista John Hunter.
Vejam:
6 comentários:
Assisti ao documentário. Achei espetacular. Nele, destacaram principalmente a capacidade que Júlio Verne teve de enxergar o futuro. Fiquei sabendo de coisas que eu não sabia, como a precisão dos cálculos do escritor numa das aventuras cujo destino é a lua. Também soube que o Júlio chegou a ser vereador. Em suma, valeu a pena assistir. Recomendo.
Eu não posso perder esse documentário por nada nesse mundo...
Há não ser por alguma obra rara de Verne ou pela experiência de viver realmente uma.
Eu vi o documentário e fiquei fascinado por Júlio Verne e seus livros, pretendo comprar alguns.
É de facto um excelente documentário sobre a vida de Verne. Principalmente depois de já termos lido alguns dos seus livros, e de já termos percebido algumas das suas características que acabamos por ver reproduzidas neste documentário.
Achei particularmente interessante a história da descoberta, por parte do seu neto, dos manuscritos escondidos por baixo do cofre que estava vazio. E também algo que de que ainda não me tinha apercebido: o facto de que muitos dos seus personagens passam longos períodos de tempo enclausurados em pequenos espaços existentes nos meios de transporte criados por Verne, sendo que isso pudesse reflectir o próprio comportamento do escritor, mantendo-se assim "isolado" do mundo deixando-lhe dessa forma espaço para se dedicar à descoberta intelectual.
Fantástico e recomendável
A propósito das antecipações de Verne:A revista NATIONAL GEOGHAPHIC-BRASIL,na edição de janeiro/2010,traz um artigo no qual cientistas descobrem no Congo uma tribo de chimpanzés,que utilizam ferramentas primitivas e se comunicam por sons articulados,semelhantes a palavras.Ora,em 1901,Verne publicou o livro A Aldeia Aérea.A trama se passa também no Congo,onde viajantes descobrem uma aldeia construida no cimo de altas árvores,habitada por uma tribo de macacos semi-evoluidos,que usam ferramentas primitivas e se comunicam por sons que parecem palavras...Sempre Júlio Verne !!!
Retificando:a edição é de Fevereiro de 2010.O meu exemplar é de assinante,e porisso chegou agora,final de Janeiro.Desculpem...
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