terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Afinal Verne sempre tinha razão...

Parece que Júlio Verne sempre tinha razão quando na sua obra "20000 Léguas Submarinas", mostrou o Nautilus a ser atacado por uma lula gigante.


Pescadores neozelandeses podem ter capturado a maior «lula colossal» já vista, com peso aproximado de 450 quilos e anéis do tamanho de pneus.

O molusco adulto, da espécie «Mesonychoteuthis hamiltoni» («lula colossal» é o nome popular) foi apanhado em águas profundas, já na região da Antárctida, disse o ministro neozelandês da Pesca, Jim Anderton.

Ele media 10m e, segundo os pescadores, tinha olhos do tamanho de um "prato de jantar".

A espécie foi descoberta em 1925, quando dois tentáculos foram encontrados no estômago de uma baleia cachalote, mas apenas em 2003 um animal completo foi capturado.

Ela tem o mesmo comprimento da conhecida "lula gigante", identificada desde 1857, mas pesa o triplo e vive apenas na região Antártica, entre mil e 2,5 mil metros de profundidade.

«Olhei também e não pude conter um movimento de repulsa. Ante meus olhos agitava-se um horrível monstro, digno de figurar nas lendas teratológicas.
Era um polvo de dimensões gigantescas. Teria cerca de oito metros de comprimento e caminhava recuando com incrível velocidade, em direção ao navio, cravando nele os grandes olhos de matiz esverdeado. Seus oito braços, ou melhor, seus oito pés, saindo da cabeça, o que faz com que esses animais sejam chamados cefalópodes, tinham o dobro do tamanho de seu corpo e se agitavam como a cabeleira das Fúrias. Podia-se ver bem as duzentas e cinqüenta ventosas espalhadas na parte interna dos tentáculos, em forma de cápsulas esféricas. Às vezes, tais ventosas se prendiam ao vidro da janela produzindo vácuo. A boca do animal, uma espécie de apêndice córneo parecido com o bico de um papagaio, abria-se e fechava-se verticalmente. A língua, que também era córnea, e com várias fileiras de dentes pontiagudos, saía vibrando como um verdadeiro alicate. Que capricho da natureza! Dar um bico a um molusco! Seu corpo fusiforme e maior em sua parte média formava uma massa de carne, cujo peso deveria ser de vinte a vinte e cinco mil quilos. A sua cor variava muito depressa, segundo o estado de irritação do monstro, indo do cinzento-claro até o marrom-avermelhado.
O que irritara o molusco? Talvez a presença do Nautilus, maior do que ele, e contra o qual de nada valiam seus tentáculos nem suas mandíbulas. Entretanto, a natureza concedeu muita vitalidade a esses polvos gigantes, dotando-lhes de três corações!
De repente, o submarino se deteve. Uma forte batida fê-lo trepidar.»

Júlio Verne, Vinte Mil Léguas Submarinas (excerto)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Obrigado Revista 'Os Meus Livros'

Gostaria de agradecer publicamente à revista "Os Meus Livros" a colocação de um texto na revista do mês de Fevereiro, onde sugerem a visita ao site Júlio Verne Portugal.

Passo a citar: "Um site construído por um admirador, com vasta informação biográfica e bibliográfica, uma entrevista rara, curiosidades sobre a sua visita a Portugal, ilustrações das suas obras e invenções. Encontra também fotos das exposições e jantares que decorreram em Portugal nas comemorações do centenário da morte do autor."

Mais uma vez obrigado pela magnífica referência ao site Júlio Verne Portugal.

É de lembrar que a revista OML do mês de Abril de 2005 trouxe um belíssimo artigo e capa dedicada a Júlio Verne: "Ficção Científica - Um século depois de Jules Verne".

Poderão adquirir os dois números da revista no site OML.