sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Jules Verne - História da Edição Portuguesa (1873-2021) 7

Em 1956, houve uma reedição total das obras, em que se actualizou a ortografia portuguesa, de acordo com o Acordo Ortográfico de 1945 (Ferreira 45 2).

Alinhamento editorial das edições Bertrand entre 1956 e 1967

De 1967 em diante, surgiria a última grande reedição da obra de Verne na Bertrand (Ferreira 45 3) e que terminou no início da década de 1980. A edição de Corazzi, mais uma vez, continuou a ser a edição de referência.
   

A edição de 1967 de Cinco semanas em balão

Esta foi a última grande colecção das obras de Verne por parte de qualquer editora ou grupo editorial português. A mais recente colecção das suas obras em Portugal, já publicada em pleno século vinte e um, (como veremos na última secção deste artigo) não teve origem portuguesa, nem nunca foi disponibilizada em livrarias.

Porém, de volta, ao século vinte: na década de 1960 surgem novos projectos editoriais a lançar obras de Verne. Pontos positivos: são edições que apresentam novas traduções. Pontos negativos: a tendência estratégica de publicar apenas os títulos mais conhecidos do autor. A única excepção a esta regra foi a publicação de uma obra até então inédita em Portugal, O senhor do mundo, publicada pela Europa-América, em 1960.

Os projectos editoriais que publicaram Verne na década de 1960 são os seguintes: editorial Europa-América (Da terra à Lua, 1960; As aventuras do capitão Hatteras, 1960; A ilha misteriosa, 1960; O raio verde, 1960; Robur, o conquistador, 1960; Uma cidade flutuante, 1970) e a editorial Aster (À volta da Lua, 1960; Da terra à Lua, 1965; A volta ao mundo em 80 dias, 1966).


As edições da Editorial Aster da década de 1960

Apesar destas novas publicações, a “hegemonia” da editorial Bertrand permaneceu intacta. Só a partir de 1974, irão surgir novas chancelas a publicar o autor francês. Mas nem mesmo essas arriscaram muito em termos de estratégia comercial e editorial até aos dias de hoje.

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