segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Jules Verne e Portugal - O Livro

 

Capa de Verne e/y Portugal, Ediciones Paganel, 2024

A relação entre Jules Verne e Portugal encontra-se finalmente publicada em livro. Da minha autoria, e com a chancela das Ediciones Paganel da Sociedad Hispanica Jules Verne, 192 páginas de texto e fotografias que narram 152 anos (entre 1871 e 2023) de uma história com muitos mistérios, alguns equívocos e umas quantas picarescas "estórias".

Por exemplo, sabia que:  

- Na década de 1870, um conto de Verne foi incluído "secretamente" no final de um livro de um dos autores espanhóis mais populares da época e que ninguém deu por isso? 

- Nas duas visitas de Verne a Lisboa (1878 e 1884), o escritor francês recusou ficar alojado num hotel da capital portuguesa? 

- A Sociedade de Geografia de Lisboa resolveu comemorar o centenário do nascimento do escritor... cinco anos antes da data real da efeméride? 

Poderá encontrar a resposta a estas (e a outras) "perguntas existenciais" em Verne e/y Portugal

Aos interessados, o livro pode ser encomendado aqui.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Jules Verne em Folhetim 6 - Matias Sandorf in O Século, 24 de Dezembro de 1922

 


Jules Verne em Folhetim 5 - A Espantosa Aventura da Missão Barsac in Díario de Notícias, 7 de Setembro de 1919

 


Jules Verne em Folhetim 4 - Gil Braltar in O Commércio do Minho, 5 de Novembro de 1887

 


Jules Verne em Folhetim 3 - O Romance da Lua in O Commércio do Minho, 8 de Abril de 1886

 


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Jules Verne em Folhetim 2 - Cinco Semanas em Balão in Jornal de Coimbra, 27 de Março de 1873



Jules Verne em Folhetim 1 - Da Terra à Lua in Archivo Popular, Outubro de 1871. O primeiro "Habemus Verne" em Portugal

Como era prática corrente no mundo editorial dos anos 1870, a primeira vez que Jules Verne chegou às mãos dos leitores portugueses não foi em formato livro. Há 150 anos, por cá e lá fora, qualquer autor consagrado começava por ver as suas histórias publicadas nos jornais. 

Era o tempo dos romances folhetim em que aquele "continua" no final da coluna que o jornal dedicava à obra de um escritor aguçava amiúde a curiosidade dos leitores para a edição do dia ou da semana seguinte. E a publicação da obra durava semanas, meses ou, inclusive, mais de um ano. Que o diga Alexandre Dumas que, antes de Verne, fazia das histórias de aventuras em  romance folhetim o seu modus vivendi por excelência. 

A primeira vez que Verne foi publicado em folhetim em língua portuguesa ocorreu no Brasil, a 23 de Janeiro de 1867. No Jornal do Brazil, um dos mais conceituados jornais do Rio de Janeiro da época, aparecia As aventuras do capitão Hatteras




Em Portugal, de forma algo surpreendente, o escritor só surgiu quase cinco anos mais tarde. A primeira vez que Verne se deu a conhecer ao público português foi em Outubro de 1871. O Archivo Popular, jornal sediado no Porto que teve actividade entre 1871 e 1874, trouxe para as suas páginas Da Terra à Lua, que foi publicado durante o último trimestre desse ano. Em livro chegaria dois anos depois e em folhetim registam-se publicações que vão, pelo menos, até 1926. Entre outros, Verne foi publicado neste último formato pelo Século (1922-1923), Diário de Notícias (1919, 1926), Jornal de Notícias (1914-1915) e Commércio do Minho (1886, 1887).

Eis da Terra à Lua, no Archivo Popular, do já longínquo ano de 1871, a primeira vez que em Portugal se disse: "Habemus Verne".