A Mundo Verne vive!
Após 4 anos de espera, chega-nos a tão aguardada e mais recente edição - em português - da revista
Mundo Verne.
Ariel Perez, seu jovem editor, apresentou-nos a edição em castelhano e nossos amigos Frederico Jácome e Edmar Guirra juntaram-se a mim num trabalho incansável, que traduziu para nossa língua todas as páginas desse "número duplo", o mais espetacular já concebido até então. Diversos acontecimentos de toda ordem e fora do controle dos envolvidos conspiraram para que a publicação on-line da versão em português só ocorresse hoje.
Mas agora é tempo de festejar, e aproveitar essa que é sem dúvida, uma das melhores e mais ricas edições da
MV. Esse número da revista será o último a ser traduzido para o português, uma vez que a edição de número 11 já foi publicada apenas em papel e está disponível aos membros da
Sociedad Hispánica Jules Verne.
Convido todos vocês para que leiam essa edição tão especial de uma forma única, saboreando cada página, aprofundando-se a cada artigo, alegrando-se a cada surpresa que certamente os aguarda. E finalmente espero que todos se divirtam muito - tanto quanto nós nos divertimos ao traduzi-la para vocês.
Nosso objetivo maior, ao iniciarmos os difíceis, árduos, mas recompensadores trabalhos de tradução desde o primeiro número da "
Mundo Verne", tantos anos atrás, sempre foi o de compartilhar com todos vocês a imensa alegria que sentíamos ao receber do Ariel uma nova edição. Ao Frederico e ao Edmar, meus companheiros, agradeço pela oportunidade e pela empreitada, digna das melhores aventuras imaginadas por Verne. Quantas vezes em meio ao trabalho, cansados mas felizes, não nos comparamos ao destemido trio que desbravou as profundezas do planeta em "
Viagem ao Centro da Terra"? As dificuldades nos fortaleciam, e à nossa amizade, também. Tenho certeza que os agradecimentos a vocês vêm de todos os nossos amigos.
Bem, já é hora de lermos esse último número da querida "
Mundo Verne" em português. Como bem lembrou o próprio Ariel, trata-se de um presente a todos aos vernianos, nossos leitores e amigos do blog, nesse mês em que comemoramos o 185º aniversário de nascimento de nosso escritor favorito.
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Com 48 páginas e publicações em todas as secções que possui a revista, destaca-se a publicação do texto inédito
Um filho adotivo
com uma introdução escrita especialmente para esta edição da revista,
por Volker Dehs, reconhecido especialista verniano e descobridor da obra
nos arquivos da Biblioteca Nacional em Paris.
O artigo principal refere-se à aparição da meteorologia nas obras
vernianas. Um texto muito interessante que mostra, exemplificando, o uso
dela para a descrição de muitos dos fenómenos que Verne se interessava
em descobrir.
O artigo de Cristian sobre uma viagem extraordinária está, desta vez, dedicado à obra
A Estrela do Sul.
No resto, vários textos interessantes completam a edição.
Muito recomendado os de Volker Dehs com a informação exata do que
se encontra disponível em matéria verniana na Biblioteca de Amiens e o
artigo do nosso colaborador e tradutor da revista, Frederico Jácome, com
um texto sobre a viagem do livro que deu a volta ao mundo entre o final
de 2008 e início de 2009.
O verniano Garmt de Vries chega desde os Países Baixos para nos
confessar as paixões que o levaram a vinculá-las com o tema Verne.
Harry Hayfield escreve sobre uma porção de território -a sua terra
Natal- que Verne parece ter esquecido por completo; Brian Taves comenta a
versão de 1984 do conto Mestre Zacarias que foi produzido num filme
televisivo.
Graças novamente ao Frederico, este fornece-nos um texto profundamente
documentado já publicado no blog e que interessará, sobretudo, aos
vernianos de língua portuguesa, já que descreve os detalhes das primeiras
edições de Verne nesse idioma. Por último, outra carta de Verne ao seu pai, esta dos princípios de 1849.